Foto de uma pessoa com o cordão girassol

Foto com texto alternativo/Internet – Reprodução

 

Recentemente mudei de emprego, de casa, de cidade, de rotina. Sai de uma rotina híbrida entre home/presencial para uma totalmente presencial. Como estou numa cidade diferente, achei importante tomar algumas medidas que facilitassem o meu dia a dia.

Uma delas foi adotar o uso do cordão girassol (apesar de ter pontos de atenção em relação ao uso), optei por testar essa ferramenta que promete auxiliar na identificação e garantia mínima de direitos às pessoas com deficiências ocultas.

Quem me conhece sabe que minha condição não é invisível, mas em alguns momentos não é fácil identificá-la também. Até por isso, já ouvi muitas vezes a expressão “Sentado, Tu é Normal e Outras Crônicas.”

O Cordão Girassol virou lei n°14.624/2023, mas ainda é pouco falado e também pouco usado. Já vi em alguns momentos, mas também vi adaptações dele, que confesso, não sei se são válidos legalmente, mas me parecem bem válidas e visualmente aceitos.

No entanto, ainda parece estranho usar. A maioria das pessoas olha e nem sabe o motivo por que se usa. Alguns nutrem olhares de curiosidade, admiração, acham engraçado. Porém, poucos sabem ou mesmo perguntam se seu uso vai além do aspecto estético.

Sabemos que isso é reflexo de pouca informação, e principalmente, informação correta sobre seu uso. Poucas vezes vimos (ou veremos) a grande mídia tratar do assunto de forma ampla e informativa. Infelizmente, ou vem de uma forma estereotipada, ou vem associada a alguma situação trágica ocorrida. A necessidade pela audiência, por vezes, atrapalha a informação.

Mas o que poderia ser feito? Deixo aqui algumas dicas:

– Em parceria entre os Conselhos Municipais das Pessoas com Deficiência e as empresas de transporte, poder-se-iam colocar informações sobre o cordão e seu uso nos pontos de ônibus e nos próprios veículos.

– Ações em datas como a semana do trânsito, por exemplo, para informar e educar motoristas e demais pessoas sobre o cordão e sua funcionalidade.

– Incentivar o uso entre pessoas com deficiência, facilitando assim o conhecimento e a popularização do cordão.

– Criar ações de sustentação para que o mesmo seja usado, distribuído e torne-se uma ferramenta de inclusão aplicada no dia a dia.

 

Saiba tudo sobre o Cordão Girassol