14 de Março é o Dia Mundial da Incontinência Urinária. Data de reflexão, informação e, principalmente, de comentarmos sobre os tratamentos mais adequados e mais atualizados.
Mais de 10 milhões de brasileiros sofrem com a perda involuntária da urina. Além dos aspectos emocionais, físicos e sexuais que o paciente enfrenta, a incontinência urinária (perda e retenção de urina) influencia diretamente na qualidade de vida.
Os pacientes com lesão na coluna estão no grupo dos que mais precisam de atenção no trato urinário. Os números oficiais estimam de seis a oito mil novos casos ao ano, sendo que 80% das vítimas são homens e 60% se encontram entre os 10 e 30 anos de idade. O trauma é causa predominante.
Infecções urinárias são frequentes nos lesados medulares e aparecem como a principal doença infecciosa, por conta da retenção ou esvaziamento incompleto da bexiga.
O cateterismo vesical intermitente é considerado pela Sociedade Brasileira de Urologia o padrão de tratamento para o indivíduo que precisa esvaziar a bexiga até seis vezes ao dia. No ano de 2016, a sociedade divulgou guia prático com a revisão dos principais estudos nacionais e internacionais voltados à indicação e orientação pelo urologista do cateterismo vesical intermitente aos pacientes com disfunções miccionais.
De acordo com a SBU, após a introdução do cateterismo como método terapêutico, é notória a redução das complicações no aparelho urinário levando a sensível melhora na qualidade de vida, principalmente dos lesados medulares. O uso do cateterismo vesical intermitente corresponde a uma das maiores e mais importantes mudanças de paradigma na urologia.
A SBU também aponta os cateteres hidrofílicos (não necessita de lubrificação, já prontos para uso) como escolha para reduzir complicações relacionadas ao cateterismo intermitente.
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As novas recomendações citam que “o cateterismo vesical intermitente mudou a história natural das pessoas com distúrbios de esvaziamento, de modo mais evidente naquelas com sequelas de traumatismo raquimedular, cuja mortalidade era elevada em razão das complicações urológicas pelo uso contínuo de coletores externos, ou sondas vesicais de demora”.
“Em um momento, como o que vivemos, em que os elevados índices de resistência bacteriana aos agentes antimicrobianos tornaram-se questão de saúde pública mundial, é notória a necessidade de que, não apenas os conceitos básicos, mas a boa prática e as novidades envolvidas com o cateterismo vesical intermitente sejam incorporados por todos nós”.
As novas recomendações são de autoria dos médicos José Carlos Truzzi, Alfredo Felix Canalini, José Antônio Prezotti e Júlio Resplande e estão disponíveis em http://portaldaurologia.org.br/medicos/noticias/sbu-tem-novas-recomendacoes-2016-sobre-cateterismo-vesical-intermitente/
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