Projeto foi criado por ex-alunos do Colégio Estadual Pref. Francisco Torres.Enquanto uma nova custa R$ 10 mil, protótipo sai em média por R$ 1,5 mil.Cadeira de rodas foi criada como projeto de conclusão de curso de ex-estudantes

Com objetivo de concluir o curso de técnico em eletrônica e também ajudar o próximo, um grupo de jovens de Volta Redonda, no Sul do Rio de Janeiro, teve uma ideia bem criativa para passar de ano escolar. Inspirados em deficientes físicos, eles desenvolveram um protótipo de cadeira de rodas motorizada de baixo custo.

“Eu e mais cinco amigos estudávamos até julho de 2015, no Colégio Estadual Prefeito Francisco Torres, no bairro Casa da Pedra, e no curso técnico em eletrônica temos que fazer um projeto final de conclusão de curso. A gente queria um projeto diferente, algo que ainda não tivesse sido feito por nenhum aluno e foi a partir daí que começamos a pensar na ideia da cadeira”, contou Eduardo Fazollo, um dos ex-estudantes.

Segundo ele, tudo surgiu após uma viagem à São Paulo quando ele conheceu um deficiente físico que usava um skate para se locomover.“Achei muito interessante a forma como ele e se locomovia. E como o bairro da nossa escola é muito carente e aqui tem um idoso que também é deficiente físico, nós pensamos em uma maneira de criar essa cadeira motorizada de um custo mais barato e que pudesse de alguma forma beneficiar a ele e também pessoas de baixa renda”, explicou.Ideia é ajudar pessoas de baixa renda

(Eduardo conta que no mercado uma cadeira elétrica nova custa em média R$ 10 mil. Já o protótipo do grupo saiu pelo preço de R$ 1,5 mil. Para dar forma ao projeto, foram usados materiais reaproveitados como o encosto e o estofado de uma cadeira convencional, além do motor de um carro.“É claro que usamos materiais mais em conta para montar o nosso projeto.

Mas temos condições de melhorar e mesmo assim sair em um preço muito mais barato que uma nova no mercado. Acredito que com todas melhorias que pensamos em fazer sairia em média R$ 3 mil, ainda muito abaixo do que a tradicional”, falou.O técnico de eletrônica ainda comentou a satisfação de realizar o projeto e a alegria de ajudar o próximo.

“Foram dias dentro do laboratório com os meus colegas quebrando a cabeça. Montamos e desmontamos a cadeira até que ela ficasse do jeito certo. Foram 25 dias de trabalho dia e noite praticamente. No dia da apresentação ver aquele senhor andando com ela e ver a alegria dele de não precisar fazer esforço para empurrá-la foi uma felicidade sem fim para nós. Agora, o nosso maior sonho é poder patentear e conseguir trabalhar ainda mais nesse projeto que começou dentro de uma sala de aula, para isso estamos à procura de patrocinadores”, concluiu.

Fonte: G1