Quando se fala em prótese para membros, logo se imagina algo robótico, altamente tecnológico e caro, muito caro. Porém, a própria tecnologia foi desenvolvida para criar soluções mais simples e mais baratas, como é o caso das impressoras 3D. Utilizadas para a fabricação de artefatos a partir de camadas sobrepostas de resina de plástico, seu trabalho vem sendo direcionado cada vez mais para a área da saúde, devido ao seu baixo custo de produção. Uma prótese eletrônica custa, em média, 150 mil reais; enquanto que uma prótese feita de resina varia em torno de 3 a 5 mil reais, além de ser mais leve e confortável de manusear.

imagem_release_671889No Brasil, há diversas empresas especializadas em próteses 3D. Porém, apenas uma com um grande diferencial. A 3D Protos voltou o seu trabalho também para às necessidades individuais distintas de cada pessoa e cria soluções em polipropileno ainda incomuns no mercado, como produtos desenvolvidos especificamente para a conveniência de cada um. Desde auxiliares para amarrar os cadarços, colocar cinto de segurança, comer com talheres, escrever, abrir zíperes, colocar botões a até mesmo um suporte para cartas de baralho. Todos com preços bem acessíveis.

Empresa criada por Eloísa Gonzaga, Vinícius Amantéa e Fernando Flores, começaram como uma startup durante a XV Maratona de Empreendorismo da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) em 2014, e ganharam o primeiro lugar com a ideia. “A impressão 3D exige muita atenção nas diversas etapas que o processo requer. Com parcerias com hospitais, oferecemos os testes para alguns pacientes. A partir desse acordo, é realizado um estudo completo baseado na pessoa, com pesquisas a respeito de interface, posicionamento e a modelagem 3D, isso tudo tendo como objetivo suprir a necessidade específica de cada paciente. Dessa forma, depois do período de testes os produtos precisam ser certificados e só depois irão para o mercado”, conta Flores, diretor da 3D Protos.

A ideia surgiu da vontade de realmente tornar o paciente o mais independente possível, que até mesmo utilizando as adaptações, ainda pode encontrar algumas dificuldades para tarefas mais específicas. “Estamos observando que existe essa lacuna aberta para esse serviço, pois o índice de abandono de algumas próteses e órteses pode chegar a até 70%, como nos casos de tratamento para membros superiores. Assim, com esse projeto, pretendemos desenvolver produtos de tecnologia assistiva impressos em três dimensões realmente ajustados ao paciente, para que eles se adaptem da melhor maneira possível e tenham uma melhor qualidade de vida”, conclui o diretor.

Fonte: http://felipevieira.com.br/