Vi a minha querida amiga, Carol do Cantinho dos cadeirantes com o perfil e o slogan/hashtag “CAPACITISMO NÃO” e aderi hoje à campanha, em comemoração ao dia internacional das pessoas com deficiência e aniversário de 4 anos do blog, os quais me encontro muito feliz e grato por levar informação a todos vocês.
Convido a vocês a participarem também da hashtag:
#ÉCapacitismoQuando e escrever algo após, como a Carol fez:
#ÉCapacitismoQuando pensam que cadeirante não faz sexo! (Sabe de nada, inocente!)
#ÉCapacitismoQuando perguntam meu nome para a pessoa ao meu lado, achando que não sei responder!
#ÉCapacitismoQuando perguntam se meu “namoradinho” também é cadeirante, como se eu só fosse capaz de me relacionar com cadeirantes!
#Écapacitismoquando acham que não tenho compromissos e tenho tempo sobrando para viver fazendo favores
LUTA CONTRA O CAPACITISMO
https://www.facebook.com/events/108089399681013/
PRA COLOCAR A FAIXA – CAPACITISMO NÃO NO SEU PERFIL DO FACEBOOK OU TWITTER, ENTRE AQUI:
http://twibbon.com/support/não-somos-invis%C3%ADveis
Alguns amigos me perguntaram, mas …
O QUE É CAPACITISMO ?
Por Adriana Dias. Twitter: @dias_adriana
Defino o capacitismo como a concepção presente no social que tende a pensar as pessoas com deficiência como não iguais, menos humanas, menos aptas ou não capazes para gerir a próprias vidas, sem autonomia, dependentes, desamparadas, assexuadas, condenadas a uma vida eternamente economicamente dependentes, não aceitáveis em suas imagens sociais, menos humanas.
São algumas características: há sempre uma boa dose de paternalismo, que tolera que os elementos dominantes de uma sociedade expressem profundo e sincera simpatia pelos membros com deficiência, enquanto, ao mesmo tempo, sustente-os numa acondicionamento de subordinação social e econômica.
Os dominantes serão os protetores, guias, líderes, modelos, e intermediários para pessoas com deficiência. Estes últimos, os desamparados, dependentes, assexuadas, economicamente improdutivos, fisicamente limitados, imaturos emocionalmente, e aceitáveis apenas quando eles são discretos (Hahn, 1986, p.130).
Segundo Fiona Kumari Campbell o capacitismo, que está para o segmento da pessoa com deficiência o que o racismo significa para os afro-descedentes ou o machismo para as mulheres, pode ser associado com a produção de poder, e se relaciona com a temática do corpo e por uma ideia padrão corporal perfeita. É um neologismo que sugere um afastamento da capacidade, da aptidão, pela deficiência. A tradução para o português, segundo Anahi Guedes Mello, deve seguir o espanhol e o português de Portugal orientar-se para o capacitismo.
O Trabalho de Jones (1972, 172) adicionou uma informação importante, a respeito do racismo argumentando que as relações baseadas na raça são estruturadas: «Com o apoio intencional ou não intencional de toda a cultura”. Isto é fundamental para os estudos do capacitismo, pois, como Richard Delgado (2000) denunciou a situação dos membros de minorias raciais é semelhante ao que vivem as pessoas com deficiência. O mesmo foi discutido por Adriana Dias em Raça e Deficiência: quando o feminino é marcado por discriminações múltiplas, o racismo se soma ao capacitismo para gerar isolamentos vários, estigmas sobrepostos.
“O sofrimento, agravado por uma consciência de incurabilidade tende a deixar o indivíduo ainda mais consciente de sua solidão”. (Cox 1948, apud Delgado 2000, 132) Neste sentido, o capacitismo é profundamente subliminar e embutido dentro da produção simbólica social.
Faz parte de uma ‘grande narrativa’, uma concepção universalizada e sistematizada de opressão sobre o conceito da deficiência. Campbell (2001, 44) sustentou que capacitismo (ableism), é: “uma rede de crenças, processos e práticas que produza um tipo particular de compreensão de si e do corpo (o padrão corporal), que se projeta como o perfeito, o que seria o típico da espécie e, portanto, essencial e totalmente humano. Deficiência é, assim disseminada como um estado diminuído do ser humano. Essa crença deve ser combatida.
O capacitismo ocorre quando:
- Alguém dá esmola para um cadeirante, sem saber se ele realmente está pedindo ou precisando;
- Alguém pega uma pessoa com deficiência visual no braço e o faz atravessar a rua, sem ao menos ele pedir;
- Acham que a pessoa com deficiência é solteira, por não acreditar que ela é capaz de arrumar alguém;
- Conversam com uma pessoa com deficiência como se tivesse conversando com uma criança;
Entre outras coisas…
Mas, muitas pessoas com deficiência também cometem estes erros com si próprio, como por exemplo:
- Quando se fazem de coitados só por ter uma deficiência;
- Quando utilizam a sua deficiência para ser um “exemplo de superação”;
- Quando aproveitam a sua deficiência para tirar vantagem de outros;
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