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Vida de mochileiro não é fácil. Levar sua “casa” nas costas por dias, semanas e até mesmo meses pode ser uma grande aventura mas certamente pode ser exaustivo. Pensando em uma solução para quem carrega peso, seja em viagens, no dia a dia ou ainda aqueles que precisem de reabilitação, pesquisadores da Universidade de Harvard desenvolveram um exoesqueleto flexível capaz de aliviar os esforços físicos do usuário.  Composto por um cinto que se conecta a peças nas coxas e panturrilhas, o exoesqueleto conta com sensores que detectam os movimentos da perna e ativam os motores que, por sua vez, se movimentam de forma autônoma, reduzindo o gasto energético.

Exoesqueleto

Ainda que não seja uma armadura do Homem de Ferro, o exoesqueleto reduziu o gasto metabólico em média de 7% nos testes feitos com sete voluntários. Segundo Dr. Conor Walsh, autor do artigo publicado no  Journal of NeuroEngineering and Rehabilitation, os resultados mostraram de forma inédita que um exoesqueleto autônomo e flexível pode reduzir esforços físicos decorrentes de cargas, possivelmente melhorando a performance. “Além de assistir com as cargas, estamos explorando como o exoesqueleto pode auxiliar pessoas com mobilidade reduzida, abrindo caminhos para que essa tecnologia seja usada por um grande número de pessoas”, complementa.

Exoesqueleto

Os testes foram feitos em uma esteira com velocidade constante de 1,5 metro por segundo, com cargas equivalentes a 30% do peso dos participantes e sob três condições: com os motores ligados, com a máquina ligada e com a mesma carga, porém com os motores removidos. O gasto metabólico foi aferido pelo consumo de oxigênio e o volume de dióxido de carbono expelido. Os participantes consumiram 11% a menos de energia com os motores ligados em relação ao segundo teste. Além disso, foi notada uma redução em relação ao teste com o equipamento acoplado, porém desligado, e ao terceiro teste, com apenas a mochila. O grande sucesso foi a flexibilidade do exoesqueleto. Em experiências anteriores, equipamentos rígidos faziam com que os participantes andassem como robôs, causando desconforto em movimentos prolongados. Reduzir o risco de lesões decorrentes de exercícios prolongados também é um dos objetivos principais da pesquisa.

Via IFLScience e http://canaltech.com.br/

Acesse o artigo científico aqui.