É um assunto polêmico e curioso! Principalmente para aqueles que são recentes de lesão, aqueles que nasceram e ainda não tiveram experiência.

“O que fazer?… Onde tocar?… Será que vai sentir algo?… Será que pode fazer posição?… Será que ela/ele faz sexo?… Será que vou machucar ela/ele?…”

São milhares de perguntas que passam pela cabeça de uma pessoa SEM deficiência, pois nos enxerga em uma cadeira de rodas, apesar de estarmos bem vestidos, sensuais, nos divertindo etc, é bem difícil nos imaginarem na cama por ser algo um pouco desconhecido!

Sim, somos cadeirantes e fazemos SEXO! Só que com a gente, você vai ter que mostrar que está disposto a descobrir como funciona a nossa sexualidade e verá que não tem nada de tão diferente assim, mas também não podemos generalizar, até porque cada caso é um caso.

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Existem diversas deficiências e cada uma ocorre dificuldades em diferentes formas. Como por exemplo as pessoas que sofre uma lesão medular e perde parte de sua sensibilidade e controle da bexiga, essas pessoas são obrigadas a fazerem cateterismo (passar sonda) antes da relação sexual, sendo homem ou mulher. Pois na hora do ato sexual, pode acabar estimulando e o lesionado por acabar fazendo algumas gotas de xixi! Mas não se assuste, isso não acontece facilmente, ao menos se tiver bebido muito e não passar a sonda, ai já era! (Risos)

SEXO CADEIRANTE AMOR (66)São detalhes simples e tão natural, mas que muitas vezes é desconhecido para alguém que não tenha deficiência, por isso é sempre legal pesquisar sobre estes assuntos e conversar abertamente com quem é cadeirante para conhecer a sua realidade.

Hoje trago pra você, historias de diversos cadeirantes falando sobre sexualidade… São histórias divertidas e experiências de vida lindas que vale a pena leem.

Boa leitura:

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“Foi horrível minha primeira vez! (Risos)
Estava insegura, com medo e vergonha. Mas até que rolou, porque minha preocupação era se eu ainda podia ter vida sexual.

E vi que mesmo assim na cadeira eu ainda sou uma mulher, com os mesmos desejos e vontades.

Bom eu sou bissexual, aliás, não gosto de rótulos. Digo que gosto de pessoas e antes da lesão estava há 2 (dois) anos, separada do pai da minha filha. Com quem fui casada por 11 (onze) anos.Depois da lesão tive experiência sexual com um homem.

Minha lesão é incompleta, mudou, mas ainda tenho sensibilidade. Ganhei e aprendi a conhecer outros pontos que também dão prazer.

Quem passou a sonda foi a minha parceira, o desconforto que tive foi pela falta do jeito, o medo de machucar,

Tem diferenças entre o homem e a mulher, acho o homem por mais que seja cuidadoso ainda é diferente a mulher é mais delicada.

Passo a sonda para fazer xixi, mas no começo aconteceu de perder xixi e não mais. Só se eu beber muito e não passar a sonda.

Tenho a fantasia de fazer amor na praia.

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Tenho uma filha e sempre conversamos abertamente e é como falo pra ela: “não somos obrigados a gostar de nada, mas não podemos julgar ninguém por opção sexual ou religião. Nós temos no mínimo a obrigação de respeitar.”

Temos alguns cuidados até porque sabemos como é a cabeça da molecada nessa idade, então tento não expor ela.

Ainda nos olham diferente e você quer ver o espanto maior, é quando nos veem e perguntam: “Ah vocês são irmãs?” E respondemos: Não somos casadas.

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A aceitação está melhorando, até porque trabalhamos na mesma empresa e somos respeitadas lá como um casal. E muitas vezes ela tem que me ajudar na hora de passar a sonda.

Bom só uma coisa, com lesão ou sem lesão amor é amor em qualquer condição e o sexo é um complemento que é como andar de bicicleta nunca se desaprende apenas se reinventa.”

Katia simplesmente Katia (Risos) 33 anos,
Paraplégica / São Paulo


“Minha primeira vez depois da lesão não foi boa, pois quis fazer para experimentar! Foi uma curiosidade. 

Acho que foi igual quando a mulher faz por fazer e não sente nada, pois nem preliminares eu tive. Tipo, colocou lá e pronto! (Risos)

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Com um tempo aprendi que eu precisava ser tocada, ser seduzida, que o meu corpo agora agiria diferente! Quando fui chamada para ser paciente do Hospital Sarah, lá tive aulas que eu poderia ter vontade e sentir prazer. 

Acho que tudo está no nosso cérebro, pensamentos ajudam muito! E também aprendi que o ato sexual iria estimular fazer xixi e na hora da relação eu poderia fazer (pingar o xixi) caso eu não passasse a sonda (cateterismo). Então conversei tudo isso com meu namorado e um foi conhecendo o corpo do outro!

Digamos que depois de 2 (dois) anos de lesão, tive minha primeira relação sexual “normalmente” e prazerosa. Ele fez com que eu desejasse e sentisse prazer e vontade de ter ele por inteiro. Só digo uma coisa, tudo está na pegada! Se não tiver toque, paciência em me seduzir, não vou sentir tesão hehehe…

Até hoje não tive nenhum incidente com xixi, sempre cuidei com que isso não acontecesse. Mas converso isso abertamente com meus parceiros, pois se acontecer eles não vão se assustar né?!

Tudo esta na conversa, abrir o jogo! Nunca se sabe o que pode acontecer na hora do amor.
Nunca tentei nenhuma posição diferente AINDA! Nem realizei a fantasia de ir ao motel e fazer na hidromassagem!

foto ilustrativa
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Minha sensibilidade é diferente, quando o cara me beija, me toca…e vai beijando mais e mais, eu vou sentindo vontade e o desejando, até a hora que quase subo pelas paredes. E um ex-namorado quando me tocava dizia: “Você está molhada”.

Para mim, foi uma recompensa, percebi que meu corpo funcionava normalmente. Até que procurei médicos e procurei saber se poderia ser mãe, e sim! Posso ser mamãe normalmente. Agora o cuidado é redobrado, para não ser mãe agora!

Surfistinha, 29 anos
Paraplégica / Rio de janeiro

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Minha experiência quanto à hora de ter a relação é o fator equilíbrio, pois na hora da posição, ficar de quatro para penetrar na mulher, preciso de apoio para não cair pra trás ou em cima das costas da parceira, porque o equilíbrio de um poliomelitico é por vezes falho e precisa de um apoio nos braços para se manter de joelhos, nas demais posições. 

Como a posição “papai e mamãe” é fácil e confortável. A mais gostosa sensação é a mulher vir por cima, pois dá uma penetração total. Adoro sexo oral, pois é a coisa mais gostosa e carinho em pessoas que se amam. 

Aurélio, 52 anos
Poliomielite / São Paulo

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“Sempre que estava namorando, eu percebia que sempre ficava umedecida, com muita excitação, sempre percebi que sentia a parte íntima. Até que u
m belo dia fomos ao motel e estava muito nervosa, claro que nem demonstrei. 

Ao chegar lá, antes de sairmos da garagem ele me deixou no carro, pegou minha cadeira e viu se passava na porta (coisa de quem sai com cadeirantes). Aí ele voltou sentou perto de mim no banco do carona, tirou minha blusa e olhou para os meus seios, meio tímido. Aí peguei a mão dele passei em meus seios o beijei e pedi para ele me tocar.

Namoramos muito e fui ficando um pouco calma, meus medos eram: Será que dou prazer a ele? Será que vou sentir? Ou será que vou fazer xixi aqui? Que mico!

Na hora que ele me deitou na cama, ele tirou a bermuda e a sunga ,quando o vi excitado, muito excitado, me senti muito mulher. Entreguei-me e naquela tarde transamos duas vezes, pois eu pedi mais e não urinei, mas percebi que gozei muito.

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Existem motéis muito perto de minha casa, daí passo sonda em casa mesmo, mas já conversei com ele, quero que ele passe em mim e claro ele ficou muito interessado.

Eu sinto a parte íntima desde quando saí do hospital, mesmo sendo tetraplégica.

Em relação à fantasia sexual, gostaria de me passar por outras mulheres, mas a melhor fantasia é sentir prazer e dar prazer. Esse é meu clube.”

Loira em Duas Rodas, 33 anos
Tetraplégica / Rio de Janeiro

“Minha primeira vez depois da lesão foi estranha. Diferente! Não reagi bem, foi desconfortante. Ele agiu normalmente, como se nada tivesse mudado.

Eu ainda não fazia o cateterismo, mas não foi impedimento. Aconteceu o incidente de não passar a sonda e durante a relação sexual pingar o xixi. (O que é normal, se não passar sonda!).

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Minha sensibilidade mudou, não é como antes. Mas não é uma coisa de outro mundo. Sinto prazer, não como antes, mas sinto.

Nunca tive vontade em relação à fantasia sexual, nem antes da lesão. “Não realizei e nem pensei no caso ainda.”
Jacy, 25 anos.
Paraplégica / Pernambuco

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“Minha primeira vez depois da lesão foi maravilhosa, peguei um parceiro muito carinhoso e atencioso. Na hora de passar a sonda eu fiz tudo sozinha fiquei um pouco retraída (vergonha), ai como já estava toda pronta foi só um abraço. 

Só que pensei, como já passei a sonda (cateterismo) não vai vazar xixi. Mas com o coração a mil e as sensações a flor da pele, acabou vazando xixi! 

Senti-me horrível na hora, mas ele disse: “Para com isso”. 

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Minha sensibilidade é grande, mas não consegui chegar ao orgasmo. Para mim mudou muito porque quando andamos vamos tirando a roupa se prende na parede e muitas outras coisas. 

Minha fantasia seria rolar no “pole dance” e chicotear o cara! Uma coisa que gosto muito é que puxem meu cabelo e me maltrate, sou meio masoquista.”.

Taradinha, 31 anos
Mielite Transversa. Belém

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Minha primeira vez foi bem interessante depois da lesão. Eu estava internada fazendo tratamento no Sarah e tive aulas de sexo. Quando sai para passar o final de semana fora do Hospital Sarah, fui praticar. Meu parceiro foi uma pessoa bem atenciosa eu expliquei e rolou. Ele se surpreendeu, pois disse que jamais pensava que eu era aquela mulher toda na cama.

Enfim no inicio fiquei um pouco tensa depois relaxou. Mas não senti o orgasmo de antes, mas só o fato de esta mantendo relação sexual, eu me senti mais mulher. Até porque eu pensava que nunca iria manter essa vida ativa com a lesão.

Eu sempre preciso de ajuda para passar a sonda, quando é a primeira vez da relação sexual eu faço de tudo para alguém mais intimo (mãe, irmã, amiga) passar a sonda. Depois eu explico que faço tratamento da bexiga (bexiga neurogênica) e ensino meu parceiro a fazer o cateterismo.

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Desconforto só tem quando faço uma posição que meu corpo rejeita me dando disreflexia (arrepio no meu corpo ou meu rosto esquenta) procuro fazer outra posição e tudo fica tranquilo.

Incidente? Já tive sim! Já fiz xixi na hora do sexo, mas graças a Deus o meu parceiro foi bem legal e continuamos como se nada tivesse acontecido.
Eu não tenho sensibilidade nas minhas partes intimas. Mudou e muito, mas eu trabalho o meu psicológico.

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Depois da lesão só mantenho sexo olhando os movimentos, eu sempre digo que eu trabalho o meu psicogênico para chegar até uma sensação gostosa, meu prazer maior é vê meu parceiro sentindo prazer.

Já fiz muitas loucuras, mas fantasia depois da lesão ainda não realizou completamente! Foi apenas pela metade. Uma das minhas fantasias é transar com um parceiro bem fofinho, aonde quase realizei, mas o lugar não estava apropriado para nós dois.

Tenho uma fantasia que é complicada, mas não impossível. Que é fazer amor com um heterossexual e um homossexual. Quem sabe um dia, não é?!

Mery 29 anos
Tetraplégica / Amapá

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Foi melhor o que eu esperava! Com um cara que já conhecia e me senti bem à vontade, eu mesma passei a sonda.

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Na verdade nunca ninguém passou, porque eu consigo de boa! Desconforto nenhum e incidente teve antes da relação sexual (perca de urina). Mas na hora nada! Não realizei nenhuma fantasia e no momento não tenho nenhuma.


Wheels Pink, 32 anos
Paraplégica / Santa Catarina.

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Tipo, a minha primeira vez pós-lesão aconteceu dois anos depois. Eu não uso sonda, então só fiz xixi normal e foi. (Risos)


Tipo estava um pouco apreensiva, mesmo assim foi legal, mesmo não sentindo muita sensibilidade. Depois de algumas vezes ficou melhor, muito melhor (Risos).
Na primeira vez não tive incidente, mas uma vez fiz xixi em cima do meu ex-namorado (Risos).


A minha sensibilidade é boa! Sinto tudo, só preciso de algumas adaptações e também com o tempo fui descobrindo novos prazeres e posições que eu conseguia realizar.
Meu ex-namorado era bem companheiro e fizemos muitas loucuras juntos.
Uma vez ele me colocou em pé e segurava com o joelho a perna ruim. Putz! Ficamos naquela loucura (Risos)


Outra vez começamos na cadeira e terminamos na cama. Eu acho que a fantasia que quero realizar é fazer na cadeira e terminar na cadeira.


Eu e meu ex-namorado fomos a um motel e a minha outra cadeira estava dentro do carro, ele fingiu que era cadeirante e até tirou a cadeira, sentado para depois sentar. Foi nesse dia que tudo pareceu mágico.

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A situação criada, em ele não mexer as pernas me fez sentir prazer. E foi daí em diante que tudo melhorou.


Começamos na cadeira, os beijos, amasso, mas o resto terminou na cama.

Cadeirante Subversiva, 33 anos.
Paraplégica / Santa Catarina

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Minha primeira vez depois da lesão eu estava muito insegura. Não consegui relaxar direito, estava com medo, pois era tudo diferente.

Eu aprendi a passar sonda no Hospital Sarah. Sempre passei sozinha, mas com espelho. Sem o espelho não consigo.

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Tive vários desconfortos. Dor nas costas, pés inchados, também perdia xixi durante o sexo, mesmo fazendo o cateterismo antes.
Minha sensibilidade é toda bagunçada. Tem lugares que sinto outros não.

Tem lugares que se apertar eu sinto…outros não!

Mudou totalmente minha vida, até a forma de viver e ver a vida. Amadureci muito, aprendi a ter fé e acreditar em meu potencial.
Não fiz nada de diferente no sexo, sempre na cama e no sofá. Não fui tão aventureira. Mas tenho várias fantasias ainda para realizar. (Risos)


F.F, 33 anos
Paraplégica / Paraná

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Nasci com a deficiência, tenho sensibilização normal, não uso sonda.

Minha primeira vez foi com 18 anos com meu primeiro namorado, no começo foi estranho porque achei que teria alguma limitação. Mas pelo contrário só não transei em pé porque não ando porque o resto, até encostada na parede foi!

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Já realizei várias fantasias minhas e dos meus parceiros, a mais louca foi com meu parceiro dirigindo em uma avenida movimentada da cidade e eu em cima dele transando que nem uma louca era em um horário movimentado, e o pior dentro de um uno! Joguei o cabelo no rosto e já era!

Lis Loureiro, 24 anos

Artroglipose / Mato Grosso do Sul

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A minha primeira vez depois da lesão foi constrangedora, porque estava muito tímida. 

Eu mesmo faço o meu cateterismo. Tive desconforto ardeu um pouquinho para passar a sonda. Minha sensibilidade é pouca, 

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Realizei uma fantasia, fazendo sexo oral em um garoto na beira da rua. Adorei! 

Só não gosto que toque na minha perna, gosto que me toquem onde eu sinto, onde tenho sensibilidade.

Gosto que me chame de Amanda sou travesti desde os 16 anos, minha lesão foi com arma de fogo (ciúme do ex-namorado) aos 18 anos. 

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Sempre fui sincera, na cadeira, ou antes, em relação com minha sexualidade.

Já vazou xixi, só não percebeu porque estava de costas pra ele e não deu para perceber. (Risos). E se caso ele visse, eu não me envergonharia não. Eu tiraria tipo como se fosse à brincadeira, eu não sou mais tímida como era no começo.

Quando vou ter relação eu faço uma lavagem, tem o material apropriado. Não é como antes.

Amanda, 27 anos

Paraplégica / Acre

Minha primeira vez foi um tanto interessante, fiquei super curioso para saber até onde eu poderia chegar. Não tive tantos problemas na questão de medo e ansiedade, pois eu namorava antes da lesão e continuei com o mesmo namoro depois da lesão, minha parceira de cara já me deixou tranquilo, porque nos conhecíamos muito bem um ao outro. Com esses fatores me favorecendo eu estava certo que nada pudesse da errado, mais não foi tão perfeito, porque logo de cara você se vê em uma situação um pouco delicada. 

Claro, antes poderia fazer de todas as formas e posições e com o andamento da primeira relação vi que tinha mudado bastante as coisas, então ao fim dessa primeira experiência eu não fiquei satisfeito. 

Do meio para o fim tive problemas de ereção por conta da situação que me passou pela cabeça naquele momento e como qualquer coisa nova em teste, fui testado e vi que tudo era questão de tempo e de aprendizado. Com o passar do tempo fui aprendendo onde e como poderia melhorar nossas relações sexuais, fui ganhando mais sensibilidade, confiança e assim descobrindo o ponto do prazer. 

Hoje temos uma relação sexual normal, hoje consigo ter ejaculação que é um ponto muito bom, pois desde a primeira ejaculação após lesão me senti mais homem, mais seguro, e confiante.

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O segredo é se conhecer, souber onde te faz sentir mais tesão, onde e como você se sente mais satisfeito.

Para eu ter uma vida sexual ativa, isso foi essencial.

Nessa questão da sonda, eu sempre faço o cateterismo antes, por sentir mais segurança e sempre que vou ter relação evito beber muita água, pois com a bexiga vazia sinto mais prazer na hora do sexo. Ainda não tive nenhum incidente na hora da relação, sempre porque estou me prevenindo antes “da pega pra capar” (Risos).

Minha sensibilidade é muito boa, tive uma grande melhora nessa parte, principalmente nas partes íntimas. Como eu disse, mais por conta de ter relações com uma pessoa que eu já tinha relações, isso me faz dizer que não mudou muito.

Essa parte de fantasias eu não realizei nada depois da lesão, quer dizer tem algumas fantasias bobas mesmo que eu já tinha antes da lesão que às vezes continuo com elas, mais algumas que tive vontade por ser inédita, não realizaram nenhuma.

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E outra à minha maior fantasia depois da lesão é voltar a transar em pé, (Risos).E pra quem acha que por ser deficiente não pode ter uma vida sexual saudável, estou aqui para desmentir, é possível sim ter relação e ter prazer. Estou muito bem nessa parte, sinto que minha namorada, hoje esposa é satisfeita e isso é a minha maior vitória, satisfazer quem você ama é maravilhoso e dentro dessas relações amorosas, foi gerada uma criança, ela está grávida de dois meses e com fé em Deus realizarei mais esse sonho, Obrigado pela oportunidade Vanessa.

Diego Chaves 25 anos

Tetraplégico / Maranhão

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  • NOTA DO AUTOR (MINHA EXPERIÊNCIA)

Bom, sem dúvidas, esse é o assunto mais procurado no blog, supera células-tronco e cura, muitos leitores ainda não possuem vida sexual ativa, e é lindo ver tantos relatos e diferentes experiências, comigo (tetraplégico) não foi diferente, passei pelo sarah, li muito sobre o assunto e só fui ter minha primeira experiência após 2 anos e meio de lesão, tive perdas recorrentes (hoje já faço meu próprio cateterismo), passei vergonha, e ainda por cima morava na casa de minha irmã, super careta, imagine.

SEXO CADEIRANTE AMOR (22)

Mas depois comprei meu apartamento e já estreei em grande estilo, sexo na cadeira, sofá, cama, tive muitas experiências, fantasias antes não realizadas, (até menáge kkkk)

Costumo dizer que não sabia o que era sexo e dar prazer a uma mulher antes da lesão, nós homens somos egoístas por natureza, e após a lesão tenho outra visão de sexo, e dar prazer várias vezes a uma mulher (ou até mesmo 2, pq não seja otimista meu rapaz, 😎 😆 ) é algo inenarrável, se fosse pra me tornar a “sexy machine ” que sou hj, me jogaria novamente no penhasco kkk (ok não é pra tanto), mas o fato é que por não ejacular e não ter a “latência pós sexo” (que é a falta de prazer após o coito) é algo maravilhoso e vc consegue sustentar o momento por muito mais tempo, claro que adorari voltar a sentir, mas o prazer/gozo está no cérebro.

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Então meu amigo deixe de lado seus receios, use seu remedinho (ou outra solução que seu urologista lhe indicar) e vá a luta.

Tenho uma vida sexual muito ativa graças a deus e é muito prazerosa, liberte-se de seus preconceitos e capacitismo, nós temos a oferecer as vezes muito mais que alguns por aí. Ok meu corpo não é o ideal, muitas meninas vão deixar de ficar contigo por vc não ter o corpo ideal ou por grana (essas não valem o esforço mesmo), mas faça valer a pena, nas palavras e na pegada, tenha seu diferencial.

Deficiente faz sexo sim, e muito bem obrigado! e quem provou pede bis (modesto que sou)

Hamilton Oliveira

tetraplégico c6/c7

 

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