Quem nunca teve um coração partido? Você já parou para pensar por que todo final de relacionamento nos deixa triste, cabisbaixo, sem ânimo para realizar tarefas simples do dia a dia? E por que superar o fim de um relacionamento requer de nós maior força mental e paciência?Sabe como é aquela pessoa que era tão íntima e próxima se tornar um estranho?! É uma dor que parece que nunca vai passar.

Todavia, não existe nada em nossa vida que nos tire algo que não nos traga algo de positivo, ou seja, o fim de um relacionamento pode nos trazer algo de bom que ajude em nosso crescimento e que nos traga novas possibilidades de ser feliz. Não acredita? Então, leia a história de Jane Souza e tire suas próprias conclusões.
Quem é Jane Sousa?
Jane Sousa nasceu com Osteogênese imperfeita, também conhecida pelas expressões “ossos de vidro” ou “ossos de cristal”.A principal característica dessa patologia é a fragilidade dos ossos que quebram com enorme facilidade e o rosto em forma de triângulo. Hoje as fraturas da Jane estão estabilizadas, mas quando criança ela teve várias fraturas deixando os ossos curvados e por isso, ela nunca conseguiu andar.
Como ela mesmo escreveu lá no seu blog “mesmo numa cadeira de rodas, aprendi a chegar por caminhos que eu mesmo não acreditava…..é claro que queria sentir o gosto de correr, pular, dançar e tudo mais….mas infelizmente o destino não quis assim….se talvez eu tivesse tudo isso e depois perdesse, aí sim acredito que uma porta para a revolta estaria aberta….gosto de sorrir, de falar besteira, de gritar…sou menina, sou mulher, sou palhaça, sou séria, sou chata, sou sensível, antipática e às vezes insuportável, sou um misto de sentimentos que nem eu mesmo me entendo, quanto ao resto descubram!!!”
Ela enfrentou várias dificuldades na vida para você ter uma ideia os pais dela se separaram quando ela era criança, a mãe dela começou a passar por dificuldades financeiras, mudou de estado, foi morar de favor na casa de um irmão e para completar nesse período ela teve mais uma fratura.

A mãe dela pra sobreviver começou a fazer faxina nos apartamentos do prédio onde moravam. A mãe dela acordava muito cedo ia fazer as faxinas e deixava a Jane sozinha em casa dormindo, quando era por volta das 10 ou 11 horas, ela vinha e dava o café da manhã, depois voltava novamente e ela ficava lá brincando com bonecas, ursinhos e assistindo TV. Depois a mãe dela vinha de novo e servia o almoço e voltava a trabalhar!!!
Quando ela se recuperou e tirou o gesso a mãe dela foi atrás de escola, pois ela tinha que voltar a estudar.Naquela época praticamente ninguém falava em inclusão escolar e a escola não quis aceitá-la pelo fato dela ser deficiente física.A escola alegava que ela necessitava de cuidados especiais e que ela deveria frequentar uma escola especial.
A mãe dela teve que ligar pra AACD e pedir para o diretor interceder junto à escola e explicasse que ela era uma criança que tinha total capacidade de acompanhar uma turma escolar no ensino regular. Todavia, o tio dela depois casou e elas tiveram que voltar para o estado do Piauí e foram morar na casa da avó.
Lá as coisas pioraram a mãe dela desempregada, o pai dela que morava no Piauí e tinha problemas com o álcool quando bebia resolvia fazer barraco na porta da casa delas e a Jane, no meio disso tudo, teve mais uma fratura tendo que ficar mais 90 dias com gesso do pé até a cintura num calor de 35º C.Depois a mãe dela conseguiu um emprego numa empresa de um primo, porém a empresa era em Recife e lá foram elas e mais uma fratura, na verdade, ela quebrou as duas pernas.
Pouco tempo depois a empresa foi transferida para Aracaju e lá foram a mãe, a Jane e a irmã. Todavia, a empresa não faturava mais como antes e a mãe dela passou a cogitar a possibilidade de voltar para a casa da avó, no Piauí.Foi quando aquele tio lá de São Paulo ligou convidando para que elas voltassem para São Paulo, pois no Piauí a possibilidade de futuro para elas não era lá grande coisa e elas voltaram para São Paulo.
Quando chegaram em São Paulo enquanto a mãe não arrumava um emprego formal voltou a faxinar no prédio. Depois conseguiu emprego numa loja de rua e tempos depois passou a trabalhar como vendedora num shopping e aos poucos as coisas foram se acertando a Jane voltou a estudar, a mãe dela alugou uma casinha.
Após concluir o Ensino Médio o tio de Jane arrumou um emprego para ela no SFMSP – SERVIÇO FUNERÁRIO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Lá no seu blog ela relata que no começo ficou chocada. “Como trabalhar num cemitério!!! Logo eu que tenho medo até da própria sombra!!! Mas fui gente, com a cara, a coragem e a necessidade né!!! Trabalhei durante dois anos na administração do Cemitério Campo Grande, como auxiliar administrativo, e pasmem!!! Foram dois anos de muita alegria viu!!! O pessoal era super legal, meu chefe era muito gente boa, e eu dava boas risadas ali!!! Acontecia de tudo, vocês nem podem imaginar o que já presenciei!! Bons tempos, sinto muitas saudades!!!”
Todavia, como era cargo de confiança, havia a possibilidade da exoneração. E antes que isso acontecesse a mãe da Jane a motivou fazer um concurso de Auxiliar Técnico Administrativo, para a Prefeitura do Município de São Paulo. Ela foi aprovada e quando começou a trabalhar resolveu fazer faculdade.
A mensalidade custava R$ 645,00 um valor que segundo palavras da própria Jane era “[…] bem carinho […] pros meus padrões rsrsrs.[…]então começou a preocupação.” Mas, para a felicidade de Jane quando ela pagou a primeira mensalidade, a faculdade abriu prova de bolsa integral. Ela fez, passou e estudou muito para se tornar Assistente Social. Após concluir a faculdade ela fez um concurso para o INSS e também foi aprovada conquistando assim sua estabilidade.
Todavia, após um tempinho a Jane caiu numa tristeza profunda. Isso porque ela não soube gerenciar o fim de um relacionamento.Ela não estava sabendo lidar com a dor, não conseguia tirar o luto.Ela só saía de casa para trabalhar, no restante do dia ficava no quarto chorando e vendo o tempo passar e não vivendo a sua própria vida.
Mas, o biscuit entrou na vida dela e trouxe com ele a esperança, a força e a fé que ela tinha perdido. Mas, como é possível dar a volta por cima e recuperar a vontade de viver com biscuit? Isso só foi possível graças à influência de uma de suas amigas que faz parte do time das pessoas extraordinárias.Não está entendendo nada, né?! Calma que eu explico.
Uma amiga e o poder do foco
Essa amiga não aguentava mais ver Jane triste, com a cara toda inchada de chorar, desperdiçando todas as suas qualidades e todas as suas forças no problema (naquele fim de relacionamento).Daí ela sugeriu a Jane fazer biscuit na verdade, ela encomendou uns passarinhos de biscuit para ela.
Essa amiga sabia que não adiantava de nada ela dizer: “Jane pare de pensar nisso”. Mas, ela sabia que se a Jane depositasse sua energia e sua força em algo diferente como o biscuit aquele relacionamento ia aos poucos perdendo importância.
Quando aceitou o desafio ela estabeleceu o foco visionário, ou seja, ela começou a imaginar lindos biscuit feitos por ela trazendo felicidade a outras pessoas. Todavia, Jane nunca tinha feito biscuit daí passou horas e horas assistindo vídeos no youtube os quais ensinam técnicas, ou seja, ela estabeleceu um foco comportamental.

E aos poucos aquela tristeza foi perdendo espaço para o amor ao biscuit, ela ficava tão orgulhosa quando terminava uma peça que postava fotos no facebook e os amigos começaram a elogiar, aquela dor foi desaparecendo e foi despontando a alegria e a satisfação em presentear amigos com suas pecinhas de biscuit.

Ela passou a pesquisar cursos, mas os mesmos ficavam distantes da casa dela e/ou funcionavam em locais sem acessibilidade. Então, ela resolveu deixar a ideia do curso adormecida e resolveu comprar algumas revistas de biscuit, comprou material como massas e ferramentas para fazer pecinhas mais trabalhadas e continuou a assistir os vídeos do youtube.
Todavia, teve que deixar de lado o biscuit quando se mudou para Fortaleza. Mas, agora que ela já arrumou toda aquela bagunça de mudança, já arrumou o cantinho dela para modelar suas pecinhas veio novamente aquele desejo em fazer um curso. Mas, apesar da falta de acessibilidade continuar sendo o maior obstáculo, ela continua sonhando, pesquisando e acreditando que fará o curso.
Concluindo…
Jane agora compartilha felicidade a cada nova pecinha de biscuit. Mas, para que isso acontecesse ela teve que maximizar a função cerebral, cuidar das suas travas emocionais, ter foco, intenção, dedicação, responsabilidade, ação e persistência.
Ah, e se você se interessou pelos biscuit da Jane ou simplesmente quer trocar uma ideia com ela. É só acessar a página do Facebook dela ou dá uma passada lá no Instagram @modelandosonhosembiscuit.Não esqueça também de compartilhar essa história quem sabe algum professor ou instituição que trabalham com biscuit se sensibilizam no que se refere a acessibilidade.

E se você está aí triste, deprimida e sem vontade de fazer nada já parou para repensar como está gerenciando o que chega a você? Acha que o post foi útil?Comente! Seu comentário é de grande importância para nós!
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Até a próxima!??