Implantes de pés, braços e pernas poderão ser produzidos e entregues aos pacientes de graça; serviço será realizado pelo Into, no Rio de Janeiro
 
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Próteses de silicone feitas de impressão 3D já são utilizadas em muitos pacientes amputados, na área da ortopedia
Próteses de silicone feitas de impressão 3D já são utilizadas em muitos pacientes amputados, na área da ortopedia
 
Desde 2000, quando a impressão 3D passou a ser utilizada pela medicina, a réplica de órgãos se tornou uma grande aliada para diversas áreas, principalmente na ortopedia, onde os avanços em relação a esse tipo de recurso foram mais significativos, resultando na produção de implantes e próteses.
 
De acordo com o Ministério da Saúde, a tendência também chegou ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com o uso da tecnologia de impressão 3D está sendo utilizada para o desenvolvimento de próteses para pacientes amputados pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad.
 
Até o momento, a técnica já era aplicada na confecção de instrumentos utilizados pelos médicos em pacientes com artrose de ombro do instituto. Entre as vantagens do tratamento, as cirurgias ficavam mais precisas e ágeis, além de colaborarem para diminuir de maneira mais rápida a fila de espera das operações.
 
Agora, a novidade é a utilização dos implantes para substituir também braços, pernas e pés amputados , inclusive de crianças. “A ideia é realizar essa cirurgia em larga escala e, a partir daí, extrapolar para outras articulações, como coluna e quadril”, conta o cirurgião Marcus Vinicius, que realizou as primeiras cirurgias em 3D no Into.
 
Como funciona
 
Para produzir as peças tridimensionais, é preciso da ajuda de um programa especial de computador, que reúne as informações para configurar os instrumentos vindas das imagens geradas por meio de exames de tomografia computadorizada. A partir dos dados de cada paciente, é objeto feito de um plástico apropriado é desenvolvido.
 
Um dos principais desafios das cirurgias é colocá-las na posição correta. Por isso, a grande vantagem da impressora é gerar peças que elevam a precisão da inserção dos equipamentos no corpo de forma menos agressiva.
 
Segundo a pasta da Saúde, em cinco anos, o instituto que irá implementar as próteses em 3D em sua gama de serviços oferecidos ampliou a sede no Rio de Janeiro e reduziu a fila cirúrgica de 22 mil para 11.123 pacientes em espera. No primeiro semestre deste ano, foram realizadas 4.323 operações e 108.389 consultas ambulatoriais.
 
*Com informações do Portal Brasil