#PraTodosVerem: Foto em preto e branco de uma mulher jovem de cabelos longos, segurando um bebê, e beijando-o na cabeça. Foto: Internet/Divulgação.

Todas as pessoas com deficiência têm uma relação forte com a família, a maioria delas, é com as mães. Principalmente pelo fato de que as mães nunca desistem. E isso vale muito.

Geralmente a vida de uma criança ou adulto com deficiência não é fácil, ainda perecemos na busca por acessibilidade, fator determinante na autonomia da pessoa com deficiência. Mas além disso, nossas vidas são marcadas por cirurgias, tratamentos, consultas, internações, às vezes nós mesmos já pensamos em desistir, mas nossas mães sempre estão lá nos empurrando (em todos os sentidos).

Eu mesmo, dependi do apoio da minha mãe por mais de 10 anos, além do acompanhamento em cirurgias, tratamentos, consultas….Era minha mãe que me levava e buscava na escola dia a dia, ela me pegava pelo braço e juntos íamos para a rotina escolar.

Minha mãe abdicou de 10 anos da vida profissional dela para cuidar de mim, deixou sua juventude de lado para guiar meus passos, largou sonhos, desejos, oportunidades, tudo para que eu pudesse chegar a algum lugar. Se hoje sou independente, aprendi a ser com minha mãe.

Mães são sinônimos de amor, carinho afeto, compreensão e luta. Minha mãe me alfabetizou em casa, aprendi a ler a escrever com ela, pois talvez ela antecipasse em sua mente que me destacando como aluno, meus colegas esqueceriam a minha deficiência, e talvez, isso realmente funcionou, pois pouquíssimas vezes sofri algum preconceito de colegas, ao contrário, era admirado por já saber juntar as letras e formar palavras.

E não importa qual seja a deficiência, a mãe sempre vai estar ali. Não importa se o filho não ande, ela o carrega nos braços, não importa que o filho não fale, eles têm a linguagem universal do amor, não importa que o filho não veja, os corações unidos vão além dos olhos, não importa que o filho não ouça, eles tem gestos de amor. Não importa como seja o filho se houver uma mãe disposta a amá-lo.

Mães incluem, criam acessibilidade, desenvolvem métodos de ensino, são os braços e as pernas dos filhos, mães sentem como ninguém o que cada filho precisa. Mães são fundamentais no processo de inclusão e independência das crianças.

Antes de desenvolver qualquer política pública, o governo deveria ser obrigado a ouvir as mães, ninguém sabe mais do que elas. Simplesmente porque mães não desistem.