#PraTodosVerem: retângulos intercalados em branco e azul, dentro deles estão vários símbolos representando diferentes deficiências. Foto: Internet/Divulgação
Cada vez mais avançamos em inclusão, seja na forma legislativa ou em iniciativas públicas e privadas que busquem incluir pessoas com diferentes deficiências.
Nesse processo, é importante que todas as partes estejam cientes que esse trabalho é continuo e permanente. Além da continuidade outro fator é importante: Soluções antigas não incluem mais! Mas o que isso de fato quer dizer?
Há pouco tempo quase não tínhamos pessoas com deficiência participando das decisões e opinando sobre o que é necessário para incluir.
Também tínhamos estabelecido um conceito que a única acessibilidade “necessária” era a rampa na porta, mas não pensávamos na permanência no ambiente.
Assim era também com Libras, pois achava-se que bastava ela para incluir quem tinha alguma deficiência auditiva.
Foi assim com o piso tátil, com as ferramentas em sites, com as descrições de imagens e tudo mais o que temos em termos de acessibilidade.
O diferencial nesse processo? Podemos destacar três pilares básicos, a legislação, as políticas públicas, e principalmente, a presença de pessoas com deficiência opinando e sendo decisivas nesse processo, pois nada melhor que nós para conhecer nossas necessidades.
A rampa é importante, Libras, piso tátil, descrições e ferramentas digitais também são, mas nada é mais importante que todas elas juntas. Pois não adianta ter uma rampa na porta se eu não consigo sentar e me acomodar; tem surdos que não usam Libras, e aí como faz? O piso tátil precisa ser de boa qualidade e de cor diferente do piso do ambiente, pois senão pessoas com baixa visão, que também utilizam ele para se guiar não conseguiram identificar.
Quando falo que soluções antigas não incluem mais, quero dizer que o olhar precisa ser ampliado, precisa-se pensar em um ambiente o mais acessível para todos. Essa necessidade de um olhar macro faz que esse processo seja de fato, continuo e permanente.
