#PraTodosVerem: Na imagem mostra o desenho de cinco pessoas de diferentes características e cada uma delas segura balões de diálogo, simbolizando opiniões. Foto: Divulgação
É inegável a importância da internet nas nossas relações. Contatos, acesso rápido a informações, relações profissionais e amorosas. Mas, talvez um dos campos mais férteis da internet e, principalmente, das redes sociais é a possibilidade de expressão de opiniões e pensamentos.
Numa sociedade democrática isso é maravilhoso e também fundamental para que ela permaneça sobre o prisma da democracia. Que queiramos ou não ainda é o melhor entre os piores sistemas de governo que temos.
No entanto, opinião caminha lado a lado com a responsabilidade, por isso, ao opinarmos somos responsáveis por aquilo que dizemos e também por aquilo que ignoramos. Por isso, que cada vez mais, só sua opinião não basta.
E no ambiente das pessoas com deficiência temos um exemplo muito clássico disso. Influenciadores de diversas frentes e interesses têm encabeçados uma luta anticapacitista que é fundamental em vários pontos, entre eles: Popularizar o termo capacitismo, identificar, exemplificar e educar para a mudança de hábitos para que a sociedade seja de fato mais inclusiva.
Porém, tenho visto que muitos desses fazem análises tendo por base apenas a sua vivência e experiência com situações capacitistas. É errado? Não! Mas seria muito mais agregador explicar o capacitismo com base em dados e fontes seguras, ensinar a identificar, combater e se comportar como anticapacitista.
Além disso, algumas dessas análises são agressivas, acusando deliberadamente as pessoas de serem capacitistas, sendo que muitas vezes está claro que a pessoa agiu assim por não ter conhecimento sobre o tema e por desconhecer que isso seja uma prática capacitista. Em muitos casos a pessoa sequer sabe o que é capacitismo.
Desta forma, esse comportamento agressivo não esclarece, não contribui para a inclusão, não ajuda a pessoa a compreender e rever suas atitudes e pode alimentar ainda mais esse comportamento capacitista transformando-o em raiva ou repulsa a importância do combate ao capacitismo. É assim que nascem as maiorias dos (mimimi´s), pois faltou conhecimento e educação para sensibilizar.
Portanto, é preciso que essas pessoas que tanto engajam na internet, que tem influência e relevância passem a rever essas posturas agressivas e “lacradoras”, pois elas não estão incluindo e nem educando, estão apenas promovendo desconhecimento coletivo.
O caminho para isso é apostar em dados, pesquisas, embasar opiniões em fatos e não apenas com base no seu pensamento. É papel dos influenciadores incluir e não segregar. E nem sempre só sua opinião basta.