#PraTodosVerem: Foto mostra a imagem da obra de arte “O filho do Homem” de René Magritte. Nela sob um fundo azul está a representação de m homem de chapéu preto, terno igualmente preto, camisa branca e gravata vermelha. Sob seu rosto está uma maçã. Fim da descrição. Foto: Internet/reprodução

 

Há algum tempo venho pensando sobre isso. Sempre vejo uma galera gritando, marcando e carimbando outros como capacitistas, e sempre penso, será que aquela pessoa sabia que estava sendo capacitista, sabia que estava praticando este ato, será que ela de fato sabe o que é capacitismo?

Essas são as perguntas que motivam a escrita deste texto. É fácil acusar, marcar e cancelar alguém por algo dito. Mas e fazer o oposto? Ensinar, acolher, ressignificar? Talvez isso não dê like, né?

Mas como o mundo é bem maior que likes, comentários e curtidas. É fundamental pensarmos sobre nossos preconceitos. O próprio capacitismo, chegou a nossa realidade apenas em 2015, mas deixando ele de lado (por enquanto), quantas expressões racistas como “denegrir, a coisa tá preta, mercado negro”; machistas “mal amada, mulherzinha, já sabe cozinhar, pode casar”; homofóbicas “homossexualismo, opção sexual, afeminado”; transfóbicas “como era seu nome, nem parece que você é homem/mulher, traveco”… você usa ou já usou? E fica a pergunta: Isso faz de você, racista, homofóbico, machista ou transfóbico?

Na maioria das vezes não. Aqui é preciso considerar que, muitos desses preconceitos estão enraizados (não justifica, eu sei) mas não dá para negar a realidade.

A questão é educação e desconstrução. Quando educamos e desconstruídos podemos cortar essas raízes. Ao longo do tempo (e ainda estamos e seguiremos fazendo) estamos desconstruindo racismos, machismos, transfobias entre outros justamente porque resolvemos educar sobre. O caminho ainda é longo e deve ser contínuo.

Portanto, o uso errado e cotidiano de uma expressão não faz a pessoa preconceituosa, o que faz é a escolha dela em seguir com esse comportamento, sendo assim, ofereceu-se a oportunidade de ressignificar e não houve mudança. Nesses casos, muito além de redes sociais, é preciso tomar ações legais.

O mesmo movimento deve ser feito com o capacitismo. Educar, ressignificar e acolher. Nem sempre há intencionalidade, às vezes, é desinformação mesmo. E quem poderia usar sua influência para educar, prefere expor, humilhar.

A dica aqui é: cuidado ao taxar de capacitista quem apenas cometeu um ato de capacitismo.

Ofereça apoio, acolha, reeduque e ajude-a a repensar o ato. Mas em caso de reincidência, não deixe barato.