Acessiilidade-e-lazer

 

 

 

 

 

 

 

Frequentemente, ao discorrer sobre o envelhecimento saudável, afirmamos que o idoso, assim como os mais jovens, também tem necessidades de lazer e preenchimento do tempo livre. Assim como o idoso saudável, o idoso que passa por um processo de envelhecimento patológico também tem este direito, basta ele querer e o local oferecer condições adequadas.

Para o idoso, ter opções de lazer é essencial para o seu bem-estar psicológico e social. Além de preencher o tempo livre, o idoso tem a opção de conhecer novos lugares; aprender aspectos sobre a história e a geografia local (inclusive exercitar a memória ao articular o conhecimento recém-obtido com informações prévias que ele já tinha sobre o lugar); estabelecer relações sociais com outras pessoas (de mesma faixa etária e de outras idades); possibilitar um tempo de convivência com a família; oferecer uma pausa para os problemas do dia-a-dia; exercer sua independência e autonomia.

Porém, nem sempre a prática condiz com a teoria, pois os espaços públicos podem não estar corretamente adaptados para receber idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais.

Pisos irregulares, escadarias, pisos escorregadios, falta de corrimões, ausência de elevadores, inexistência de pontos de ônibus e vagas especiais para idosos nos locais, banheiros com escadas e sem toalete adaptado para o cadeirante, locais onde o direito da meia entrada para idosos é desrespeitado, dentre várias outras irregularidades que limitam a visita do idoso a monumentos, parques, museus e igrejas (e ainda dizem que as igrejas são os locais mais visitados por idosos!).

Felizmente, pude perceber que existem realidades muito diferentes por nosso Brasil! No dia 14 de novembro, tive a oportunidade de conhecer dois pontos turísticos brasileiros – o Pão de Açúcar e o Corcovado – e foi possível perceber que os dois locais, além de serem incrivelmente bonitos, são adequados para a visita de idosos e cadeirantes. Minhas observações foram embasadas no fato de eu estar acompanhada de um grupo de continha idosos (inclusive uma que usava bengala) e uma criança cadeirante, e todos puderam visitar os dois lugares com relativa facilidade. Seguem minhas observações sobre cada um dos locais.

Pão de Açúcar: Apesar de possuir muitas escadas, possui elevador para cadeirantes, o qual é aberto quando for solicitado a um funcionário. As escadas estão bem conservadas, sem irregularidades no piso e contêm corrimãos. Na hora de entrar no bondinho um funcionário pede a todos que priorizem a entrada do cadeirante e da pessoa com bengala. A cadeira de rodas passa sem dificuldades, para a bengala um vão entre o bondinho e a plataforma de embarque pode ser um risco potencial de acidentes para um idoso que não enxerga bem ou está desatento. O idoso paga meia-entrada. O ponto negativo foi um estacionamento relativamente pequeno para ônibus e carros, o que poderia dificultar o acesso de pessoas com necessidades especiais, inclusive idosos com algumas limitações.

Corcovado: Assim como no Pão de Açúcar, há escadas rolantes, rampas e elevadores que possibilitam o acesso de pessoas com algum tipo de limitação. Mesmo com chuva o piso não fica escorregadio. No trem que dá acesso ao monumento, os funcionários também dão a devida prioridade ao cadeirante e ao idoso com limitação. O idoso também paga a meia-entrada. O ponto negativo também ficou em relação à chegada à estação do trenzinho: rua de trânsito intenso e o sinal demorou muito a fechar, falta de estacionamento por perto.

Caso você tenha dica de lugares que oferecem acessibilidade a cadeirantes e pessoas com algum tipo de limitação, conte para nós e divida a experiência com outras pessoas que também podem se divertir em locais adequados!

 

Fonte: http://www.cuidardeidosos.com.br/