A altura reduzida das camas e de prateleiras torna mais fáceis as ações de deficientes físicos
Os corredores e a abertura das portas são mais largos (1,5m) e, na sala de estar, não há mesa de centro, aumentando a área para manobras em cadeiras de rodas. Os sofás de 46cm de altura não têm braços, facilitando a aproximação e a transferência do cadeirante. A mesa de jantar é mais baixa e tem quinas protegidas para evitar ferimentos. Os telefones e a campainha têm luzes para indicar quando estão tocando.
A pia da cozinha tem ducha móvel, como uma mangueira, podendo direcionar o jato de água. Um armário pequeno em cima da mesa tem prateleira com elevador. No armário maior, as gavetas são abertas por pressão, deslizando suavemente. A despensa conta com uma mão mecânica que ajuda a alcançar as prateleiras mais altas. Na área de serviço, o varal possui ajuste automático.
O banheiro tem tapetes antiderrapantes e várias barras de ferro para apoio, além de ducha com altura ajustável e chuveirinho e uma cadeira automática para submersão em banheiras. Também há duas campainhas para um alarme, caso a pessoa caia e precise de ajuda para levantar.
Gerli Gomes Alves, 63 anos gostou bastante da Casa. “Se tivesse um banheiro desses lá em casa, minha mãe não tinha levado uma queda. A gente precisou fazer uma obra depois”, contou Gerli. “Eles tão pensando em quem muita gente não pensa”, comemorou o marido Hildeberto Alves, 70 anos. Para o casal, tudo pode ser adaptado para a atual residência deles, o que eles esperam fazer daqui a um tempo. “Por enquanto, vamos sonhando”, completou ele.
CURSO – Paralelo à mostra no Shopping, o Instituto Muito Especial está oferecendo a engenheiros e arquitetos um curso gratuito de “Design inclusivo em residências” nos meses de maio e junho no Hotel Jangadeiro, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A carga horária de 24 horas de aula será distribuída em três dias, com quatro módulos, e confere certificado.
A expectativa, segundo o presidente do Instituto Marcos Scarpa, é “formar pessoas que tenham pelo menos uma base de acessibilidade para projetar espaços”, sejam residências ou áreas públicas. Esse assunto, afirmou ele, não costuma ser abordado nas faculdades.
Fonte: http://ne10.uol.com.br