A síndrome da bexiga hiperativa é um  diagnóstico clínico caracterizado por urgência miccional (quando a vontade de urinar é tão grande e repentina que se tem que “correr para o banheiro” ), com ou sem urge-incontinência (que seria a perda de urina nesse processo), usualmente acompanhada de noctúria (necessidade de levantar a noite para urinar) e de aumento da freqüência urinária durante o dia, na ausência de infecções urinárias.

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O Diagnóstico pode ser realizado pelo Médico Urologista (tanto em homens quanto em mulheres) através do exame Urodinâmico que se positivo caracteriza-se por contrações involuntárias da musculatura do detrusor.

 Nessa síndrome, o músculo da bexiga – conhecido como detrusor – se contrai de maneira involuntária, despertando o desejo súbito e incontrolável de urinar, mesmo que a bexiga  não esteja cheia.

Admite-se que, em mais de 90% das vezes, a hiperatividade do detrusor é idiopática (causa desconhecida). A bexiga hiperativa compromete sobremaneira a qualidade de vida, causando isolamento social, queda de produtividade, vergonha, frustração, ansiedade e baixa auto-estima. Vale ressaltar que a qualidade de vida de pacientes com bexiga hiperativa é pior do que a das com incontinência urinária de esforço.

A bexiga hiperativa tem um componente psicológico de ansiedade muito importante, que necessita ser cuidado. Vivemos em uma sociedade onde existe uma violenta antítese entre natureza e cultura. Instinto e moral. Amor e trabalho. A sociedade molda o carácter humano, onde muitos se sentem reprimidos e ansiosos. Por exemplo, acumular dinheiro como conteúdo e meta de vida contradiz todo o sentimento natural.

O sintoma mais comum é o aumento da freqüência miccional(aumento de idas ao banheiro). A incontinência urinária por bexiga hiperativa ocorre como conseqüência da hiperatividade da musculatura detrusora, onde o músculo detrusor apresenta contração involuntária. Nestas pessoas, inesperadamente surge um desejo súbito e incontrolável de urinar. Quando a contração vesical supera a capacidade de oclusão uretral gerada pelo esfínter, causando perda de urina.

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As principais modalidades terapêuticas para o tratamento da Bexiga Hiperativa são as terapias conservadoras, como a terapia comportamental, exercícios perineais e eletroestimulação(estimulação tibial posterior).

A terapia Comportamental compreende a análise e alteração da relação do sintoma do paciente e seu ambiente para modificação de maus hábitos miccionais. A terapêutica compreende diário miccional, educação da paciente em relação ao hábito urinário, reeducação vesical, estratégias para o controle do desejo miccional e orientações para dieta e ingesta hídrica.

No Diário Miccional a paciente realiza um automonitoramento de dados em pelo menos 24 horas (pode ser realizado de até 3 dias), registrando as seguintes informações: horário, volume e frequência das micções, episódios de incontinência, frequência de uso do absorvente (diurno e noturno), ingestão hídrica e hábitos intestinais.

A Reeducação vesical consiste na orientação de micções programadas com aumento progressivo de seus intervalos. As alterações dos intervalos são realizadas semanalmente de acordo com o diário miccional.

É importante que a paciente reduza a quantidade de cafeína e outras substâncias irritantes da bexiga.

Os Exercícios para o Assoalho Pélvico tem como princípio as contrações voluntárias e repetitivas do assoalho pélvico, aumentando a força muscular e, consequentemente, a continência urinária pelo estímulo da atividade do esfíncter uretral. Os exercícios são efetivos para a urge-incontinência porque reforçam o reflexo de contração do assoalho pélvico, causando inibição da contração do detrusor.

A estimulação elétrica do nervo tibial posterior consiste na estimulação com auxílio de eletrodos na região do nervo tibial posterior. Acredita-se que essa forma de estimulação elétrica iniba a atividade vesical pela despolarização das fibras aferentes somáticas sacrais e lombares, resultante de respostas motora e sensitiva ao estímulo na área do nervo tibial posterior.

Os pacientes com Bexiga Hiperativa tendem ao isolamento social, pois tem medo de estar em público e ocorrer uma perda urinária, sua vida passa a depender da disponibilidade de banheiros e começa a sofrer com dificuldades sexuais, alterações do sono e vida social. Têm queda da autoestima, tornam-se deprimidos, angustiados e irritados. Sentem-se humilhados e embaraçados para falar sobre o seu problema. Por isso a importância de falar com o seu Urologista e procurar o tratamento conservador Fisioterapêutico, e assim, obter melhora na qualidade de vida!

Fonte: https://mundodoassoalhopelvico.com/2012/08/29/bexiga-hiperativa/