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Ainda no clima de Jogos Olímpicos e Paralímpicos, compartilhamos mais uma história inspiradora de esportistas brasileiros. O esgrimista Ataide Ribeiro, atleta apoiado pela Coloplast, relata como o esporte resgatou a sintonia entre corpo e mente.

 

ESGRIMA, UMA PAIXÃO

Ataide

Ataide Ribeiro – publicitário e esgrimista

Acredito no poder disciplinador do esporte. Antes de me tornar cadeirante pratiquei algumas modalidades como Judô, Karaté, Muay Thai, Bike e Futebol. Eu tive, aos dezesseis anos, uma doença muito rara conhecida por Síndrome de Behçet, a qual me deixou, na época, tetraplégico.

Após vários anos de tratamento com fisioterapia, medicamentos e outros, o meu quadro neurológico evoluiu positivamente. Hoje, tenho um quadro estável de tetraparesia incompleta com predomínio dos membros inferiores.

Quando a esgrima entrou na minha vida resgatei uma parte de mim, que achei que tinha perdido para sempre. A esgrima é um esporte completo porque trabalha o corpo e mente e os mantém em perfeita sintonia.

Na prática deste esporte aliamos força, agilidade, destreza e leveza. A esgrima tem tudo a ver comigo, pois me ajuda naquilo que tenho de menos como leveza, apura e torna eficaz a minha força e agilidade, sendo assim é impossível não se APAIXONAR por este esporte.

Conheci a esgrima por meio de um amigo, foi amor à primeira vista. Com menos de 6 meses de treinamento consegui ser Campeão Mineiro (no Campeonato Interno da ACE – Ação com Esporte), na minha categoria (A), e Prata no Geral (Disputada entre as categorias A, B e C). Logo no meu primeiro torneio em nível nacional, I Copa do Brasil – 2016, consegui um 7º Lugar no Florete e 9º na Espada.

Infelizmente, não irei participar dos jogos Paraolímpicos deste ano no Rio de Janeiro. Mas, tenho a certeza de que o Brasil está bem representado pelos atletas que conseguiram a sua tão sonhada classificação, desejo toda a sorte do mundo a todos eles.

Muito se fala contra e a favor das Olimpíadas e Paraolimpíadas serem disputados no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Tenho toda a certeza que as delegações do mundo todo serão muito bem recepcionadas em solo brazuca. Na Grécia Antiga, os jogos eram realizados para unir povos em conflitos constantes. Devemos aproveitar os jogos para nos unificar como povo, como cidadão, como ser humano.

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ENTENDA O ESPORTE COMO TUDO COMEÇOU

A esgrima em cadeira de rodas foi apresentada nos Jogos de Stoke Mandeville, em 1954, por Sir Ludwig Guttmann, e fez parte de todos os Jogos Paralímpicos desde primeira edição, disputada no ano de 1960 em Roma.

SOBRE A COMPETIÇÃO

esgrima cadeira de rodasAs regras da esgrima em cadeira de rodas são baseadas nas da Federação Internacional de Esgrima (FIE, na sigla em francês), que rege a esgrima Olímpica, com alterações de acordo com as necessidades dos cadeirantes. Por exemplo, as cadeiras de rodas são fixadas ao solo, e o competidor deve se preocupar apenas com os movimentos dos membros superiores.

Assim como na esgrima Olímpica, há três armas: florete, espada e sabre. Para definir a categoria em que vão competir, os atletas passam por testes funcionais. Os movimentos dorsais, laterais e lombares são avaliados, assim como a flexão e o equilíbrio do corpo com a arma. Existem duas classes nos Jogos Paralímpicos: A e B. Nos Jogos Rio 2016, 88 esgrimistas competirão em 10 eventos individuais e quatro por equipe.

VOCÊ SABIA?

O Brasil teve seu primeiro ouro Paralímpico na esgrima em cadeira de rodas com Jovane Guissone, em Londres 2012, na competição de espada masculina categoria B.