A perda involuntária de urina costuma gerar dificuldade para conviver socialmente, devido aos constrangimentos provocados pela incontinência urinária, de acordo com José Carlos Truzzi, urologista e chefe do Departamento de UroNeurourologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que aponta algumas das causas relacionadas às alterações na estrutura do assoalho pélvico, genéticas, por bexiga hiperativa, lesões medulares ou doenças do sistema nervoso.

Truzzi menciona três tipos básicos de incontinência urinária:

– A de esforço → ocorre quando há a perda de urina ao rir, tossir, fazer exercício, etc.

– A de urgência → acontece com uma súbita vontade de urinar e não é possível chegar a tempo ao banheiro.

– A mista → associação dos dois tipos anteriores.

“Embora mais da metade dos casos sejam de incontinência urinária de esforço, a avaliação e a orientação de um especialista é fundamental para a recomendação do melhor tratamento, que pode ser realizado com fisioterapia para o assoalho pélvico, medicamentos ou cirurgia”, acrescenta e menciona 5 verdades sobre a incontinência urinária. Confira!

1. A diminuição do peso, no caso de quem sofre de obesidade, alivia o quadro de incontinência urinária, por conta da redução da pressão abdominal que é exercida sobre a bexiga e assoalho pélvico.

2. “Diabetes Mellitus pode estar associado e aumentar as chances do paciente ter algumas formas de incontinência urinária”, afirma.

3. Adotar hábitos saudáveis e incluir na rotina diária a prática de exercícios para fortalecer o assoalho pélvico são medidas protetivas.

4. Os homens que são submetidos a tratamento de câncer de próstata (cirurgia) tem probabilidade de aproximadamente 5% de terem incontinência urinária.

5. Alguns tratamentos para incontinência urinária podem ser feitos com fisioterapia e medicamentos para alguns casos leves a moderados, assim como o uso de Slings (um tipo de malha cirúrgica que melhora a sustentação da uretra) e injeções endoscópicas. Mas, vale ressaltar que se a incontinência urinária é considerada mais grave em ambos os sexos e, após prostatectomia (em homens), pode ser necessária a colocação de uma prótese, chamada de esfíncter urinário artificial.

*Por Kelly Miyazzato | Ilustração Airon | Agradecimentos ao José Carlos Truzzi, urologista e chefe do Departamento de UroNeurourologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Fonte: Tudo o que você precisa saber sobre incontinência urinária – CLÍNICA GERAL – Viva Saúde