Uma das grandes preocupações com a criança que tem deficiência motora é a escoliose.
Quando a criança apresenta padrões anormais de postura, de movimento e de equilíbrio, com tônus postural anormal, os cuidados devem ser redobrados.
A escoliose com curvatura acentuada pode causar dor e desconforto, principalmente dificuldade em se manter sentado na cadeira de rodas, além disso, a capacidade pulmonar fica comprometida e há aumento de ocorrências de infecções e pneumonia, e também dificuldade durante a alimentação com aumento do refluxo e mal estar. Pode haver também deslocamento do quadril com deformidade e dor na região. Crianças com 7-8 anos com curvaturas acima de 40 graus geralmente têm a indicação da cirurgia.
Além dos pontos citados acima, outros fatores devem ser levados em consideração para a decisão da cirurgia: idade, risco de progressão, flexibilidade da curva, graus da curva e se há opções de tratamentos não cirúrgicos.
Como prevenção deve-se tomar muito cuidado com a adequação postural correta na cadeira de rodas, cadeira de carro e demais recursos que ajudam a posicionar a criança. Além disso, a fisioterapia e a terapia ocupacional devem ser frequentes e a criança bem trabalhada para melhorar o tônus muscular, o alinhamento e a musculatura, com técnicas de inibição, facilitação e estimulação de padrões de movimento mais próximos do normal. É necessário expandir esses cuidados da terapia para a escola e a casa, orientando a família e os cuidadores. Consultas periódicas com o ortopedista são muito importantes.
A cirurgia de escoliose é bem complexa e exige um pós-operatório bem delicado e extenso.
Por isso enfatizamos: a prevenção é o melhor caminho!
 
 

Fonte: GRHAU Therasuit: Como é a cirurgia de escoliose