Profissionais da área de Design participam de bate-papo no site do Projeto Diversidade na Rua, da Mercur

Por ter as pessoas como ponto focal para todo e qualquer tipo de projeto, o Design destina-se, em sua essência, a sanar as pequenas e grandes necessidades existentes no mundo. Seu objetivo maior reside em pensar e criar elementos que possam servir de contribuição para o bem-estar físico e o equilíbrio emocional de todas as pessoas.
Então o design pode ser a chave para um mundo mais acessível? Esta é a pergunta que pautará o próximo debate aberto do projeto Diversidade na Rua, da Mercur, que acontece no dia 16 de agosto, a partir das 19h. A conversa será mediada pelas designers Carolina Fillmann e Tainá Bueno.
O tema vem à tona porque atualmente os direitos das pessoas com deficiência estão nos meios de comunicação e estão sendo integrados à legislação, mas as mudanças concretas ocorrem de maneira lenta. Ouve-se muito sobre a falta de acessibilidade nos transportes públicos, nos prédios de uso coletivo, em universidades, hotéis, pontos turísticos e espaços públicos. Para além disso, os produtos desenvolvidos para pessoas com deficiência ainda são poucos e vendidos a um custo que uma pequena parcela da sociedade pode acessar.
O papel do Design na acessibilidade
Segundo Carolina, que na realização de seu Doutorado estuda estímulos precoces para crianças com deficiência visual através de materiais e tecnologias para a reprodução de ilustração para os livros táteis infantis, a partir do momento em que se considera as dificuldades do usuário é possível projetar para um mundo mais inclusivo. “É uma busca por conseguir fazer com que as crianças possam interagir e ler livros que possam ser de acesso universal e acessíveis, também, em termos financeiros”, relata.
Já Tainá, que em sua pesquisa de Mestrado procura entender o quanto estímulos sensoriais como tato e audição podem ser utilizados em aparelhos eletrodomésticos para facilitar o manuseio do dia a dia pelo usuário com deficiência visual, resgata que ao longo dos tempos a palavra “design” acabou perdendo a importância com o modismo no sentido de estar associada muito mais a “arte” do que a “projeto”.
 “A acessibilidade está muito ligada a questão da autonomia total ou assistida nas questões de mobilidade e comunicação dentro de espaços urbanos em geral. Existem Normas Brasileiras (NBRs) que exigem a execução de projetos com acessibilidade, mas ainda há o fator mercadológico para que os produtos que não regidos por lei, saiam de fábrica pouco acessíveis. Os bons projetos são os que conseguem englobar o maior número de pessoas, mas isso ainda é um desafio”, lamenta Tainá.
As participantes colocarão na pauta: design, acessibilidade, ergonomia, design universal e a concepção de produtos acessíveis para necessidades específicas, como as de pessoas com deficiência visual, por exemplo. Por ser aberto ao público, qualquer pessoa que tenha interesse no tema pode participar do debate, basta acessar o site www.diversidadenarua.cc/debate. O formato é como o de um fórum: as questões são lançadas pelos participantes e todas as respostas podem ser replicadas. Para interagir é preciso fazer um cadastro rápido e simples.
Sobre as mediadoras
Carolina Fillmann é graduada em jornalismo pela Unisinos (RS), possui MBA em Marketing com ênfase em Gestão pela ESPM/RS, Mestrado em Design Estratégico pela Unisinos (RS) e atualmente é doutoranda em Design pela UFRGS.
Tainá Bueno é graduada em Design pela Fortium (DF), especialista em Branding pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (SC) e mestranda em Design e Fatores Humanos pela UDESC. 
SERVIÇO
Debate aberto Diversidade na Rua
Tema: Design, ergonomia e acessibilidade
Data: 16 de agosto de 2017
Horário: 19h
Para participar acesse: http://www.diversidadenarua.cc/debate