Vinícius Tranchezzi sempre jogou futebol tradicional, e a partir do convite de seu professor de educação física, começou a integrar a equipe de sua cidade, São Bernardo do Campo, na grande São Paulo.
Desde 2009 assumiu a posição nessa modalidade de esporte adaptado , e em 2013 estreou na seleção brasileira.
O Futebol de 5 é exclusivo para deficientes visuais. Os quatro jogadores na linha,cegos, usam venda nos olhos para que as condições sejam iguais, independente do grau da deficiência. O goleiro, é o único com visão total no time.
“A adaptação foi correndo naturalmente, a comunicação. Porque para goleiro, todo mundo falava, e depois que eu comecei a compreender isso, que precisa ter um certo perfil”, diz o medalhista olímpico.
Segundo ele, 60% de sua função está baseada na comunicação. Explica ainda, que treinamento e concentração são as mesmas dos times convencionais. Para Vinícius, trata-se de um esporte adaptado, mas com ritmo normal de alto rendimento.
Todo mundo consegue enxergar o preconceito
Dentro do time, tem um ótimo relacionamento cotidiano com todos os integrantes, inclusive, com muito humor, por ser o único a enxergar.
Entretanto, ainda sente o preconceito fora da quadra, com questionamentos de pessoas que desconhecem esse tipo de esporte.
Só vale gritar “Gol”
De um modo geral, as regras do futebol de 5 são as mesmas do futsal convencional, sendo praticado em quadra adaptada com banda lateral, ou em campos de grama sintética com as mesmas medidas do futebol de salão.
O diferencial está apenas na necessidade de um ambiente silencioso, assim, a torcida é sempre bem-vinda, e sua manifestação pode ocorrer nos momentos de paralisação, e claro, na comemoração do gol.
Tranchezzi conta uma curiosidade sobre sua estreia na modalidade.
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