O autismo é um distúrbio neurobiológico  que afeta quatro vezes mais homens do que mulheres. E nas últimas décadas houve um aumento crescente. Para vocês terem uma ideia nos últimos vinte anos a incidência estimada era de uma pessoa a cada 2500 nascimentos; 10 anos atrás um caso a cada 315 nascimentos e em 2016 e 2017 a estimativa para o transtorno é de um caso para cada 68 nascimentos. Então, houve um aumento significativo nas últimas décadas.

O autismo apresenta um grande impacto sobre a forma com a qual a pessoa vai sentir as coisas e vai se relacionar com o mundo ao seu redor. Conforme a jornalista Andréa Werner,  “o autismo se manifesta na infância e afeta três áreas importantes: 

  • A comunicação: a criança não fala, tem dificuldades para realizar um diálogo ou não usa a fala para se comunicar (repete o que os outros falam, por exemplo) 
  • A interação: a criança apresenta pouco contato visual e parece não ter interesse em interagir com outras crianças ou pessoas 
  • O comportamento: a criança tem interesses muito restritos e pode apresentar comportamentos repetitivos ou atípicos. 

Crianças autistas, frequentemente, também apresentam dificuldades motoras e sensoriais (têm sensibilidade diminuída ou exagerada para sons, cheiros, e até ao toque, por exemplo”. 

Receber o diagnóstico de algum tipo de Transtorno do Espectro Autista é algo muito difícil, tanto para a criança quanto para os seus familiares. Daí Thiago Helton ressaltar que  “não é novidade para ninguém que a vida do cidadão com deficiência e de sua família no Brasil é repleta de lutas, nos mais diversos setores da sociedade, principalmente quando a questão envolve algum direito fundamental de natureza prestacional, ou seja, aquelas situações em que há um dever de agir do Pode Público para que tal direito saia do papel”. 

Um desses direitos é a educação inclusiva de qualidade. Todavia, o nosso sistema educacional possui muitas falhas inclusive para crianças que não  possuem nenhum tipo de deficiência ou transtorno. Imagine como é que um professor numa sala de aula consegue dar conta de 15, 20, 30 crianças e uma delas ainda precisar de conteúdos e materiais adaptados que às vezes não estão disponíveis. Haja criatividade para o professor adaptar todas as aulas e desenvolver estratégias para motivar essas crianças a aprenderem. Eu tenho certeza que todo professor sente, já sentiu ou sentirá aquela angústia de não saber como ajudar, como colaborar para o avanço do seu aluno.  

Ainda conforme, Thiago Helton “[…] mais grave do que a inexistência de uma educação inclusiva de qualidade são as diversas denúncias de famílias de crianças com deficiência sobre situações de desrespeito, descaso e discriminação que tem acontecido na rede pública de ensino da capital mineira. 

Segundo diversas famílias, existem “alunos” com deficiência sendo excluídos das atividades em sala de aula, crianças que ficam nos corredores das escolas com os acompanhantes para “não atrapalhar” a turma durante o horário de aula, falta de recursos de tecnologia assistiva e de metodologias de ensino adequadas para determinados tipos de deficiência, salas de atendimento educacional especializado insuficientes para a demanda atual, falta de capacitação dos professores e monitores no que tange às necessidades pedagógicas da educação inclusiva, falta de critério pedagógico para a definição de quais alunos necessitam de acompanhamento permanente de um auxiliar de inclusão, entre várias outras situações já registradas em audiências públicas e vários relatos pelas redes sociais.” 

Para melhorar o processo de inclusão de uma forma geral não devemos entrar no jogo de culpas. Isso não nos ajudará em nada. Afinal de contas, não podemos culpar o professor pelo fato do aluno não conseguir prestar atenção na aula, realizar as atividades propostas, interagir com os colegas. A culpa também não é da família, nem da criança.Assim não podemos desistir, temos que fazer o que está ao nosso alcance procurando conhecimento, envolvendo todas as pessoas não deixando só a cargo da escola.  

É ainda importante frisar que quanto mais cedo o diagnóstico mais cedo as intervenções e melhor vai ser o processo de inclusão dessa criança. Também o apoio multidisciplinar (médicos, psicólogo, fonoaudiólogo) é essencial para esse processo de inclusão que não é fácil e que não possui receita.O professor precisa receber o apoio desses profissionais para estar auxiliando no processo de inclusão. É também fundamental uma sensibilização de toda a escola, ou seja, todos os funcionários da escola (faxineira, merendeira, porteiro etc.) precisam saber o que é o autismo, como ele se manifesta, como a criança se comporta em determinada situação.  

Nesse sentido, o curso “Autismo e Educação: abordagens e desafios” é uma poderosa ferramenta de aprendizado, que permitirá a pais, educadores e profissionais da saúde obterem um amplo conhecimento a respeito do tema sem que seja preciso se dirigir até um polo de educação. Pessoas que têm uma rotina atarefada ou que residem em áreas onde não existem instituições de ensino nas proximidades são alguns exemplos dos milhões de alunos que se beneficiarão desse curso. 

O curso é 100% Online  (Total apoio pedagógico) onde você poderá acessar e estudar no conforto da sua casa e inclui 7 módulos, no qual são apresentados e debatidos os seguintes temas:    

1- Políticas públicas para a inclusão  

2- Breve histórico  

3- Caracterização e sintomas para detecção precoce  

4- Sintomas, diagnósticos e tipos de tratamento  

5- Teorias atuais para compreensão do autismo  

6- Introdução às possibilidades de intervenção e inclusão  

7- Importância no AEE na inclusão do aluno autista 

No curso você encontrará:  

  • Além dos 7 módulos  
  • Todas as aulas em PDF’s para download  
  • Área de comentários para tirar dúvidas dentro da plataforma  
  • Certificado válido para progressão de carreira – Carga horária: 60h  
  • 5 bônus exclusivos 100% online dentro da plataforma 

  • 1 aula sobre Autismo e Inclusão Escolar  

Nessa aula você aprenderá: 

  • Entender o contexto e respeitar a individualidade de cada criança com autismo 
  • Compreender o espaço em que o aluno está inserido 
  • Indicativos importantes a serem analisados na criança que se suspeita autista: fala, dificuldade de relação social, repetição, preferências, dentre outros 
  • Importância da família e da escola na escolha das metodologias e das intervenções 
  • Apoios, direitos, papéis do tutor e da sala de AEE 

  • 1 aula sobre Intervenção Precoce no TEA 

Nessa aula você aprenderá: 

  • Os objetivos fundamentais da intervenção precoce 
  • Movimentos do processo de avaliação, planejamento e ações de intervenção precoce 
  • Intervenção centrada na família 
  • Elementos comuns das intervenções 
  • Recomendações para os programas de intervenção precoce 

  • + 3 Bônus SURPRESA!!!!

    Conheça um pouco sobre as mentoras do Curso: 

    Rita de Cássia C. Rodriquez 

    Professora-adjunta da Universidade Federal de Pelotas, coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UFPel, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cognição e Aprendizagem – NEPCA – UFPel, coordenadora nacional do Congresso Luso-Brasileiro de TEA e Educação Inclusiva (Conlubra), doutora em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pós-doutora em educação especial pela Universidade do Minho (Braga/Portugal). 

    Anelise do Pinho Cóssio

    Doutoranda e mestre em Educação Especial, com ênfase em Intervenção Precoce, pela Universidade do Minho (Braga/Portugal). Graduada em Psicologia pela Universidade do Planalto Catarinense, Lages – SC, Brasil. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cognição e Aprendizagem da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) 

    Quer mais informações sobre o curso? Clique aqui que você encontrará todas as informações de que precisa sobre o curso  “Autismo e Educação: abordagens edesafios”.