O D+Informação foi lançado, oficialmente, neste terça-feira, 22 e já está no ar

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Com a grande quantidade de informações falsas ou sem embasamento científico compartilhadas diariamente na internet, um grupo de pesquisadores da USP de Ribeirão Preto resolveu disseminar informação de qualidade nas redes.

D+ Informação é um portal de disseminação de conhecimento voltado para as pessoas com algum tipo de deficiência. O site, lançado oficialmente nesta terça-feira, 22, foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa Neurorehab.

O grupo, desde 2014, desenvolve ferramenta virtuais em prol da informação, troca de experiências e apoio de pessoas com deficiência.

Segundo Michel Marcossi Cintra, mestrando pelo departamento de Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP/USP), o D+ Informação foi desenvolvido com o intuito de disseminar informações de maneira clara e baseadas em evidências científicas. “Temos como objetivo promover a autonomia, o empoderamento e participação social”, explica Cintra.

A plataforma reúne artigos científicos, leis e direitos dos deficientes, notícias, um glossário de “A a Z” sobre deficiências além de relatos pessoais.

A equipe por trás do D+ Informação conta com enfermeiros, professores, psicólogo, biomédico e jornalista. Além do apoio local, o projeto também firmou uma parceria com a Technical University Of Dortmund, da Alemanha

Diagnóstico digital

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), cerca de 40% dos brasileiros fazem autodiagnostico médico com base em informações.

O ICTQ também constatou que, em 2018, 79% dos brasileiros com mais de 16 anos admitem tomar medicamento sem prescrição médica.

E se engana quem pensa que o autodiagnostico e a automedicação são exclusivos de pessoas com pouca instrução. Cerca de 63% das pessoas que realizam o autodiagnostico pela internet tem ensino superior completo. E 55% estão nas classes A e B.

Por isso, a doutora pela EERP/USP Fabiana Faleiros Santana Castro, que também integra o D+ Informação, explica que, apesar de vários sites conterem informações relacionadas à saúde, encontrar informações baseadas em evidências pode ser um desafio.

Segundo Fabiana, a democratização do acesso à informação é um fato real e presente em todas as classes sociais. Porém, isso não significa que as pessoas de fato compreendem o que leem.

“Nesse sentido, ações governamentais e não governamentais […] devem ser implementadas, por meio de ações educativas nas mídias sociais digitais, para informar e empoderar a sociedade para ter autonomia, fazer escolhas coerentes e seguras relacionadas à sua saúde”, explica a doutora.

Certificação

Com a crescente preocupação com a qualidade e a veracidade das informações sobre saúdes que circulam pela internet, após uma conferência sobre saúde e internet realizada em Genebra na Suíça, em 1995, foi criada uma fundação chamada Health on the Net Foundation (HON).

A fundação tem o intuito de incentivar a divulgação de informações de saúde com autenticidade para a sociedade. A HON criou um código para estabelecer um padrão ético, com emissão de certificação para sites  da área da saúde: o HONcode.

O grupo de pesquisa Neurorehab da USP já ganhou a certificação em projetos anteriores e o D+Informação está em processo de certificação pela organização.

Acesse o D+Informação neste link.

Fotos: Divulgação

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