Para a população com deficiência e os idosos, a falta de recursos assistivos nos websites cria barreiras de navegação que dificultam a prevenção e impedem a leitura de informações fundamentais sobre a pandemia.
 
Pessoa digitando em um laptop
A recomendação é ficar em casa e manter a higiene constante. Para usar os serviços públicos, fazer compras, acompanhar as notícias e se manter bem informado sobre o avanço da pandemia do coronavírus, a internet é uma ferramenta fundamental.
Apesar da quantidade de informações diárias sobre o esforço mundial para conter a doença, há uma parcela do público que não consegue acompanhar as atualizações por conta própria. O motivo é a ausência de recursos de acessibilidade digital nos websites.
No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 57% dos cidadãos com deficiência usam com frequência a internet. Dados do World Wide Web Consortium Escritório Brasil (W3C Brasil) mostram que nosso País tem aproximadamente 14 milhões de websites, mas somente 100 mil com algum tipo de acessibilidade.
Isso representa 0,7% de páginas que podem ser acessadas por PCDs, principalmente os com deficiências severas, além dos indivíduos com pouca prática no uso da tecnologia, grupo no qual estão muitos idosos que vivem sozinhos.
Em todo o mundo, são 1,8 bilhão de páginas na web. Em 2018, a quantidade de pessoas que acessaram a internet diariamente chegou a 3,5 bilhões, mais da metade da população no planeta.
Na situação atual, com o confinamento imposto pelas autoridades em vários países para impedir que o coronavírus se alastre e cause um colapso maior nos sistemas de saúde e na economia, o número diário de internautas, provavelmente, aumentou bastante.
De acordo com a empresa ESSENTIAL Accessibility, especializada em consultoria e serviços de acessibilidade digital, pessoas com deficiência movimentam em todo o mundo aproximadamente US$ 4 trilhões por ano. No Brasil, esse montante chega a R$ 22 bilhões.
Somente em nosso País, o setor de tecnologia assistiva faturou R$ 5,5 bilhões em 2017, segundo dados do Grupo Cipa Fiera Milano, responsável pela REATECH (Feira Internacional de Tecnologias de Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade).
Considerando o número de PCDs e também pessoas com dislexia, daltonismo e idosos, a quantidade de usuários da internet que precisam da acessibilidade pode chegar a 30,2 milhões, conforme dados do IBGE (PNAD Contínua 2018).
Onde encontrar acessibilidade digital
Explicações detalhadas sobre a acessibilidade digital e sua importância para a inclusão socioeconômica estão disponíveis, um dos exemplos é o movimento Web Para Todosidealizado em 2017 pela empreendedora Simone Freire em parceria com o W3C Brasil, que trabalha na mobilização, educação e transformação da sociedade em relação à acessibilidade na web.

Site externo, idealizado em 2017 pela empreendedora Simone Freire em parceria com o W3C Brasil, que trabalha na mobilização, educação e transformação da sociedade em relação à acessibilidade na web.  

A página do governo federal também tem informações sobre o tema.

Site externo também tem informações sobre o tema