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ranking capitaisCom a maior divulgação nas mídias em prol dos direitos de pessoas com deficiência, vem sendo disseminada a adaptação do ambiente urbano para melhor inclusão.

Na cidade de São Paulo, porexemplo, aproximadamente 10% da população possui alguma deficiência. Para esse grupo, é necessário fazer algumas adaptações no ambiente para que possam manter sua qualidade de vida. São várias a medidas, algumas sutis e simples e outras que demandam alterações na infraestrutura.

Em alguns casos, há produtos especiais, para cadeirantes, por exemplo, que podem ser implementados como coadjuvantes da organização do espaço urbano ou de ambientes domésticos. Vejamos alguns casos.

Para deficientes motores

deficiencia e necessidades

Pessoas idosas, cadeirantes ou de muletas necessitam de rampas ao invés de degraus para acessar locais públicos, como praças e centros comerciais. Ou, ainda, de produtos que possam suprir a falta das rampas ou escadas que tenham uma parte automatizada para o deslocamento com a cadeira de rodas.

Ruas pavimentadas e planas são de interesse comum, mas não é raro encontrar vias públicas obstruídas por buracos, cones ou carros mal estacionados. Para esse tipo de problema, somente a conscientização por parte de todos.

São vários os fatores que dificultam a circulação de pedestres, sejam portadores de deficiência física ou não. É preciso ter em mente que a dificuldade é ainda maior para pedestres com deficiência motora.

No caso de estacionamentos e prédios, os elevadores devem ter o espaço necessário para acomodar o cadeirante, além de portas com, pelo menos, um metro de largura, para facilitar sua entrada.

Em estacionamentos pequenos, deve haver pelo menos uma vaga destinada a pessoas com deficiência, enquanto estacionamentos maiores devem conter pelo menos cinco, todas próximas dos pontos de acesso. Essas vagas são sempre maiores para que o deficiente possa abrir o carro e manusear seus equipamentos auxiliares de locomoção, como uma cadeira de rodas ou muletas. Já em transportes públicos, como ônibus e metrô, deve haver um elevador apropriado para cadeirantes e lugares reservados para idosos.

Para deficientes visuais

deficiencia visual

A maior parte da sinalização no ambiente urbano ocorre através da visão, como semáforos, placas e mesmo pontos de referência. Para garantir que pessoas com deficiência visual, cegos ou apenas com parte da visão comprometida, possam circular, é necessário, primeiro, instalar semáforos com sinalização sonora, para que o deficiente saiba quando e onde atravessar. Também devem ser instalados mais sinais, pois em vários pontos a travessia não é possível.

Toda calçada, especialmente as de vias movimentadas, devem ter uma faixa com relevo que permite ao deficiente visual identificar quando está próximo ao meio-fio. Isso também deverá ocorrer em centrais de transporte, como rodoviárias ou estações para embarque e desembarque em transportes públicos.

Caso o deficiente não esteja acompanhado, a empresa de transporte deve oferecer auxílio para que ele chegue ao seu destino. No caso de trens e metrô, cada estação e o lado de desembarque devem ser narrados durante a viagem, mas em maioria esse sistema nem sempre funciona adequadamente. Nos ônibus, é dever do motorista ou do cobrador avisar quando o deficiente chegou a seu destino.

Gestantes e pessoas com crianças de colo

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Assim como idosos e cadeirantes, mulheres grávidas e pessoas com bebês devem ter local reservado em qualquer transporte público. A maioria dos ônibus têm degraus muito altos, o que dificulta o seu acesso, e nem todas as estações de trem e metrô possuem meio de acesso corretos, como elevadores ou escadas rolantes. Como cadeirantes, mulheres grávidas ou com bebês podem usar a vaga exclusiva dos estacionamentos. Por mais que não se trate de um tipo de deficiência, é um dever de todos trazer maior acessibilidade às gestantes, principalmente pelos riscos que ela correr ao ter seu centro de gravidade comprometido pelo peso da barriga. No caso, é, assim como para com os deficientes, uma questão de consciência.

Medidas em prol da acessibilidade

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Para manter o espaço urbano cada vez mais adaptado, o governo estimula e promove ações educativas, que tragam mais conscientização para população. Isso passa por simples educação, como o respeito às vagas e locais preferenciais, até a garantia de investimento governamental. Por exemplo, uma parte do valor arrecadado com multas de trânsito deve ser destinada ao financiamento de pesquisas científicas em tecnologias voltadas à inclusão da pessoa com deficiência.

Também como medida é a fiscalização dos locais e dos panos de implantação dos transportes especiais, além da padronização a nacional, por meio de regras e normas. A ABNT tem normativas desenvolvidas acerca do transporte rodoviário e concede selos de qualidade apenas aos veículos realmente acessíveis.

dificuldadesFiscalizar a acessibilidade é dever de todos

Não só os órgãos definidos para zelar pelo bem-estar dos deficientes devem estar dispostos a ajudar na fiscalização. Informar-se sobre os deveres de acordo com as convenções internacionais deve ser amplamente divulgado e trazer para o seu dia a dia a consciência do auxílio é de suma importância, para todos.