Por Alice Arnoldi via

Diferentes dos dispositivos tradicionais, ele traz recursos táteis que facilitam o teste e mostram com clareza o resultado.

A menstruação atrasa, os enjoos ficam frequentes, as dores nos seios que aparecem… Os diferentes sinais da possibilidade de um bebê estar a caminho só precisam de alguns segundos para serem sanadas com um teste de gravidez de farmácia.

Só que ainda que os dispositivos sejam rápidos e práticos ao mostrarem os famosos risquinhos ou o tempo de gestação em um tela digital, eles não são inclusivos para mulheres com deficiência visual. O cenário, no entanto, começa a mudar com um novo protótipo desenvolvido no Reino Unido.

Criado pelo designer independente Josh Wasserman em parceria com a instituição de caridade Royal National Institute of Blind People (RNIB), o produto permite que a mulher descubra a gestação por meio do tato. Caso o resultado dê positivo, acontece uma elevação de bolinhas amarelas na parte de cima do teste.

Outro recurso voltado à acessibilidade presente no protótipo é o local em que é preciso depositar a urina. Para facilitar a realização do exame, ele é maior e também tem alterações táteis para confirmar que deu tudo certo e que é só esperar o resultado.

Já para as que possuem apenas uma parcela da visão, o teste também acaba sendo mais prático ao trazer as cores amarela e rosa mais intensas para que as mulheres consigam identificar cada funcionalidade do dispositivo.

É preciso de mais acessibilidade!

Com a produção deste teste, a RNIB defende que é o primeiro passo para permitir que mulheres com deficiência visual sejam as primeiras a saberem sobre suas gestações. Caso contrário, elas continuam dependendo de outras pessoas para lerem seus resultados.

Outra conquista importante é que o dispositivo mostra à indústria que é possível produzir um teste acessível. E a partir de então, a instituição segue em contato com diferentes fabricantes com o intuito de que eles conheçam a ideia e possam fabricá-la.

 

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