Nosso parceiro David nos traz mais uma fantástica história no blog Cadeirantes que vencem

 

Meu nome é Camila Muniz, tenho 26 anos, sou natural de Campestre-MG, mas atualmente estou morando em Fortaleza-Ce. Sou psicóloga e modelo, atualmente trabalho em uma empresa de eventos, e estou criando um blog.

Sou uma pessoa muito determinada, que busco sempre atingir meus ideais, e às vezes sou até teimosa com isso!!! Gosto muito de filmes e músicas.

Tenho uma trilha sonora pra cada fase da minha vida, rsrsrs. Gosto de ter minha família e as pessoas que gosto perto de mim, eles me dão muita segurança.

Em 2004, eu fazia parte de um grupo de dança na minha cidade, no sul de Minas. Um dia, nos apresentaríamos em um sítio e resolvemos ir de bicicleta para aproveitar o passeio.

Estava com um grupo de amigos. Na descida de um morro, me distraí olhando para trás e acabei caindo e batendo a cabeça em um barranco.

Na hora, eu desmaiei e, quando acordei, já estava no hospital. No dia seguinte, me submeti a uma cirurgia no pulmão e outra na coluna. Fiquei 24 horas na CTI, em observação. Quando retornei ao quarto, não sentia mais as minhas pernas. Então, perguntei à minha mãe o que havia acontecido e, para não me desesperar, ela disse que eu estava sob o efeito da anestesia, e em seguida chegaram os médicos.

Eles me explicaram o que havia acontecido, fraturei as vértebras T5, T6 e T7, ocasionando uma lesão medular parcial. Eles me disseram que poderia ser reversível, mas que não poderiam me garantir nada, somente o tempo iria determinar.

Eu não sei se nesse momento eu não entendi direito o que estava acontecendo, ou se era mesmo a minha fé que me deixava confiante, mas a minha reação foi ótima, pra mim aquilo duraria uns 2 ou 3 meses. E o tempo foi passando, veio o primeiro mês, o segundo mês, o primeiro ano, o segundo ano, até o dia de hoje…

Eu fui aprendendo e reaprendendo a viver na cadeira de rodas.

Em 2006 comecei a fazer trabalhos como modelo, já fiz várias revistas, catálogos, eventos, desfiles e uma participação em uma novela. Desde então, nunca mais parei.
Hoje eu vejo que naquele momento, eu tinha duas opções óbvias; Me vitimizar e ficar em casa chorando vendo os anos passar, ou encarar o problema e transformá-lo em coisas boas. Eu fiquei com a segunda opção!!! Fui estudar, trabalhar, namorar, morar sozinha, viajar, enfim, fazer o que somente eu poderia fazer por mim mesma…

 
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