Idealizada pela advogada Nathalia Blagevitch, do instituto Caminho Acessível, com Hamilton Almeida (Casa Adaptada) e Paulo Oliveira (Amigos Cadeirantes), a campanha Defitness Club, que será lançada hoje, 21 – Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência – tem como propósito incentivar pessoas com deficiência a fazerem exercícios físicos e melhorarem a qualidade de vida.
A campanha tem como objetivo lançar a hashtag #Defitness pleas pessoas com deficiências que já são adeptas das atividades físicas, fazendo com que outras pessoas começem também a praticar a procura pelo bem-estar.
Nascida com paralisia cerebral, Nathália foi diagnosticada ano passado com fibromialgia e recebeu orientação médica para se exercitar. “Tive que mudar radicalmente meus tratamentos. Fazia fisioterapia adaptada com musculação, e agora faço mais exercícios com um personal trainer, com um treino totalmente adaptado pra mim”, relata. Depois do diagnóstico, Nathalia entrou em contato com amigos da causa da pessoa com deficiência para idealizar o projeto.
“Já temos a confirmação de algumas personalidades populares como Fernando Fernandes, Mara Gabrilli, Laís Souza, entre outros, que participarão da campanha”, afirma Paulo Oliveira.
Tetraplégico e criador do site Amigos Cadeirantes, Oliveira, 27, começou a praticar exercícios aos 13 anos. “Para ter mais segurança na hora da paquera! Após a lesão, isso virou quase uma terapia que ajuda a melhorar a minha disposição para encarar as minhas limitações físicas e emocionais”, comenta. Atualmente, Oliveira faz musculação adaptada três vezes na semana e alguns treinos baseados no crossfit.
“Atividade física é importante para qualquer pessoa que deseja viver com qualidade de vida. Quando existe uma limitação física, a prática do exercício deveria ser obrigatória”, comenta Paulo Oliveira. Para ele, não há limitação para sentir bem-estar. “Momentos complicados fazem parte da vida de qualquer pessoa. Não fique parado, aproveite e valorize as suas possibilidades. Garanto que essa é a melhor opção”.
Hamilton Oliveira, também tetraplégico, diz que o exercício ajuda no gasto calórico. “O gasto calórico de um cadeirante é pequeno, em contrapartida, perdemos rapidamente massa muscular, principalmente no início, se a deficiência for uma lesão medular como a minha. Eu saí de quase 80 kg para 50: perda de 30 kg de massa muscular, porque a gordura fica”, relata.
Para Nathalia, atividade física é extremamente importante independentemente da deficiência. “No meu caso, que tenho paralisia e fibromialgia, é mais relevante ainda. Faço treino de box adaptado e isso me proporciona bem-estar”, finaliza a idealizadora.