#PraTodosVerem: Na imagem está um circulo amarelo, representando um emoji de felicidade, ele também mostra a expressão dos olhos e boca feliz. Foto: Internet/Divulgação

 

Há algum tempo fiz um post no Facebook com essa frase. Uma provação, óbvio. E muitos comentários evidenciaram a felicidade como algo além da deficiência, ou seja, a felicidade não depende da condição física.

Realmente o objetivo do post era esse. Era dar as pessoas que me acompanham a possibilidade de contar sua história com a felicidade e mostrar para quem não tem deficiência que somos tão ou mais felizes quanto uma pessoa sem deficiência.

A felicidade é um dos temas mais pesquisados do momento, e isso faz com que muitos escritores busquem evidenciar a felicidade de alguma forma. Recentemente reli o livro ser feliz é tudo o que se quer, do professor doutor em Comunicação, Juremir Machado da Silva, no qual ele reúne diversos pensadores que tratam de felicidade das mais diversas formas, transitando por conceitos como saúde, doença, conhecimento entre outros.

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Eu tenho uma relação muito íntima com a felicidade, aos poucos me descobri, me fiz feliz e tento estar feliz em momentos do meu dia. Não seria ingênuo de tentar ser feliz o tempo todo, ou mesmo aceitar a tristeza.

Uma das frases que mais gosto é do Buda “Não existe caminho para a felicidade: a felicidade é o caminho”. A frase em si faz muito sentido, e talvez foi a responsável pela mudança que promovi na minha vida.

Ainda na infância, disse ao meu pai que eu não era bom em nada, e ele me disse que no momento certo meu talento apareceria. Tinha esse pensamento, pois não podia jogar futebol, não podia andar de bicicleta, não podia correr na mesma velocidade que meus amigos, não podia fazer boa parte das coisas que eles faziam. E isso me entristecia.

A frase do meu pai demorou para fazer sentido. Mas em um dia de tristeza por não conseguir fazer o que os outros faziam, me olhei no espelho e vi uma pessoa com deficiência, mas vi algo mais, vi uma pessoa com potencial de fazer inúmeras outras coisas. Foi a partir dali que as coisas mudaram.

Eu podia não praticar esportes, mas eu entendia e explicava as regras, eu podia não correr como eles, mas podia ler sobre corrida e explicar para eles, eu podia não fazer as mesmas coisas que eles, mas eu podia mostrar para eles outras formas de fazer.

 

Foquei a partir dali em fazer o que eu era bom. Passei a focar em leitura e escrita, passei a entender os processos que meus amigos estavam inseridos e mostrar para eles como melhorar. Foi ali que encontrei minha felicidade. Podia não fazer o que todos faziam, mas eu podia fazer coisas que eles não faziam.

Ser feliz pelo menos pra mim, foi encontrar minhas potencialidades e desenvolvê-las, foi olhar ao meu redor e ver que eu tinha formas de me desenvolver e contribuir com o grupo. Eu me descobri como pessoa com deficiência e sou feliz por isso! E você já descobriu seu potencial?