#PraTodosVerem: Na foto está uma mão aberta, segurando uma bola de cristal, nela está projetada uma cidade. Fim da descrição. Foto: Internet/Divulgação

 

Esse texto não é um exercício de futurologia. E nem tem a pretensão de afirmar como poderá ser nossa vida no pós-pandemia. Até porque o conceito de “novo normal” no fim acaba sendo apenas uma estratégia de comunicação e mercado para tentar entender ou justificar o momento em que vivemos.

E para entender isso, basta pensar que cada dia que se inicia é um novo normal, a cada dia somos uma nova pessoa com novos desafios, descobertas, dores, alegrias, milhares de células e processos orgânicos que tornam cada dia único, ou seja, todo dia é de fato, um novo normal.

Entender isso, alivia o nosso dia a dia, pois haverão sim mudanças significativas na maneira em que vivemos, assim como já houveram e vão haver outras. O que precisamos é tentar passar por isso com o menor trauma possível.

Em relação as pessoas com deficiência, a expectativa é que a percepção das pessoas sem deficiência mude, pois esse período de isolamento e restrição poderá fazer com que elas entendam o quão difícil é para nós viver em uma sociedade sem acessibilidade, inclusão e aceitabilidade. A partir disso, a expectativa é que possamos a viver em uma sociedade mais humana, com mais empatia e, principalmente, com mais respeito.

O legado será a experiência de muitas pessoas que estão experimentando o isolamento, as restrições, as dúvidas e os medos que cada um de nós vive em relação a vida em sociedade e o desafio que isso representa.

Que o novo normal seja a oportunidade de abandonarmos vícios, conceitos, ideias que impedem que possamos incluir sem rótulos e derrubar barreiras arquitetônicas, comunicativas e sociais para que cada vez as pessoas com deficiência sejam vistas mais como pessoas, e que a partir disso, sejam protagonistas das suas histórias.

Que o novo normal traga respostas as questões atuais e que também seja mais inclusivo.