Falar de tempo é sempre importante, afinal, neste tempo, agora, você está aqui ouvindo este episódio do ouvir inclusivo. É este tempo que você separa para refletir, aprender, relaxar ou discordar de mim. Este tempo é nosso.

Mas o tempo que quero falar aqui não é este, apesar de eles estarem intimamente relacionados. Quero falar do tempo de incluir, o tempo da inclusão, o tempo da representatividade, da diversidade.

O tempo da inclusão por essência é indefinido e parte da decisão de querer incluir, querer fazer, buscar ajuda para fazer.

E não cabe aqui a expressão “no meu tempo” aquela usada para justificar, muitas vezes, a exclusão, a negação de oportunidade, a naturalização do preconceito.

Mas, às vezes, “no meu tempo também serve para boas lembranças, aprendizados e boas práticas.

O que quero dizer com tudo isso é que o tempo é agora, neste momento, neste segundo em que estamos juntos. Então, vamos fazer? Só se for agora.

SERÁ QUE ELE CONSEGUE?

E por falar em tempo, às vezes ele é o inimigo da inclusão, mas não pela pessoa com deficiência, mas sim por aqueles, que veem na característica da pessoa um problema, e aí soltam frases como “será que ele consegue?, será que não vai atrapalhar os demais? Como ele faz isso?” frases que demonstram o quão apressado pode ser uma avaliação e o quanto isso pode prejudicar o desenvolvimento das pessoas. Imagine agora, se tudo fosse ao mesmo tempo ou no tempo dos outros?

ACELERE, MAS NEM TANTO

O tempo de hoje é regido pela velocidade, mas nem tudo deve ser tão rápido, pois nem sempre a velocidade inclui. Claro que é importante acelerar os processos, alcançar metas planejadas, mas também é preciso entender o processo das pessoas e das coisas.

Das pessoas porque cada um tem o seu e das coisas porque antes de acelerar a vinda das pessoas sem ter o mínimo de preparo não só vai te atrasar, mas também não vai incluir.

Então, acelere sim, mas preste atenção no caminho, pois na parábola da tartaruga e da lebre, a lebre é rápida, mas a tartaruga é constante.. E no final desta história já conhecemos, né?

E por falar em tempo, o meu acabou por aqui, até mais. E lembre-se sempre se gostou te espero na semana que vem.

Abraços inclusivos.

 

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