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Sentados na sala, o norte-americano Larry Hester, 66 anos, conseguiu pela primeira vez em três décadas reconhecer a pele de sua esposa e ergueu sua mão, tocando-a no rosto. Cego devido a uma doença herditária chamada Retinite pigmentosa, que degenera a retina, o momento foi possível graças a uma espécie de olho biônico desenvolvido pelo Dr. Paul Hahn, no Duke Eye Center, localizado na Carolina do Norte, EUA…

Larry Hester é uma das sete pessoas nos Estados Unidos a testar a tecnologia, conhecida como Argus II Retinal Prothesis Device, que conta com um sensor no olho e uma câmera embutida em óculos especiais para simular sinais luminosos de diferentes intensidades. A visão gerada pelo aparelho não é a padrão, mas permite que os pacientes identifiquem formas e cores ao emitir flashes de luz. Por se tratar de uma nova linguagem visual, Larry Lester vai precisar aprender o que a luz simulada quer dizer.

Segundo ele, a luz fica mais intensa quando a câmera captura a claridade ou objetos de cores claras. Por enquanto, Lester já conseguiu enxergar cenas como um pato em um lago ou a lua, e foi capaz de distinguir uma porta de uma janela – avanços pequenos, mas incrivelmente significativos para quem, há 33 anos, não enxergava nada além da escuridão.

Fonte: Hypeness