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Gente, a história de hoje é uma verdadeira montanha russa de emoções e uma fonte de esperança, persistência e amor. Afinal de contas, como você reagiria se tivesse 19 anos e descobrisse, ao mesmo tempo, que está grávida de dois meses e que tem um tumor benigno na medula chamado angioma que pode fazer com que você perca os movimentos do corpo e/ou morrer?

E se o médico chegasse e dissesse você vai ter que optar entre interromper a gravidez para se submeter a uma cirurgia e poder voltar a andar ou só realizar a cirurgia depois que a criança nascer, e correr o risco de não ver a criança crescer e na melhor das hipóteses sobreviver, mas ficar tetraplégica? Pois é, esse é o começo da história de Mônica da Silva Santos. O que ela decidiu? E quais as consequência dessa decisão? Para saber as respostas dessas e de outras perguntas veja a entrevista abaixo.

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1- Quem é Mônica da Silva Santos?

Sou uma pessoa que não desiste, corro atrás de meus sonhos, procuro incentivar as pessoa, inspirá-las a seguir adiante, sou uma pessoa feliz e agradecida por minha vida, família e amigos…

2-Fale-nos sobre a sua deficiência. E como você, seus pais, familiares e amigos entenderam, essa condição humana?

Com 19 anos comecei perdendo as forças das pernas e na tentativa de descobrir o problema descobri que estava grávida, tive de optar por manter a gravidez e deixar a cirurgia para depois, não tinha muitas chances, mas não desisti de minha filha, um mês após ganhar minha filha fui chamada para a cirurgia, foi o pior momento de minha vida pois não sabia o que aconteceria, se voltaria a vê-la, mas deu tudo certo e pude pegá-la no colo novamente. Minha família meu deu muito apoio, foi um mundo novo, onde aprendemos a enfrentar as dificuldades e valorizar mais os pequenos detalhes que a vida nos dá.

3-Teve alguma coisa que você se agarrou e que foi essencial para sua recuperação?

Após o nascimento de minha filha corri atrás de adaptações pois queria, ser mãe de verdade, trocar fraldas, fazer a comida dela e dar a ela, trocar e dar banho, ajudar ela a andar, caminhar, fazer atividades no chão, andar de bicicleta, fui atrás de uma melhor qualidade de vida, e busquei minha independência ( dirigir, fazer transferência da cadeira para o chão, carro, sofá, cama, adaptar cozinha etc etc), fui para o Hospital Sarah em Brasília onde aprendi bastante, e o resto a vida vai nos ensinando.

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4-Quando e como o esporte entrou na sua vida?

E qual sua modalidade? Sempre gostei de Esportes, na época de escola jogava futebol, após ficar na cadeira procurei Esportes Adaptados, experimentei Vela, Kart, Tiro Esportivo, Basquete em cadeira de Rodas, e fui convidado por um amigo para experimentar a Esgrima onde me apaixonei e pratico desde 2010.

5-O que o esporte representa para você?

Pra mim serve de válvula de escape da correria da vida, é onde posso espairecer, focar em meus objetivos, inclusão, conhecimento e onde encontrei muitos amigos onde podemos dividir os problemas, alegrias e nos ajudar.

6-Na sua opinião, por que falta apoio e patrocínio aos atletas no Brasil?

Acredito que não seja apenas no Brasil, mas a mídia só se concentra em futebol e alguns poucos esportes, falta diversificação da mídia para que os atletas sejam vistos e apoiados.

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7-Qual a sensação de participar de uma Paraolimpíada?

Uma experiência única, emocionante e inesquecível, tudo lindo, maravilhoso. Acredito que o Brasil consegue fazer algo perfeito e inesquecível.

8-Na sua opinião, que benefícios as Paraolimpíadas trouxeram ou ainda trarão para nosso país?

Acredito que o Brasil passou uma boa imagem para o mundo na organização das Olimpíadas e Paralimpíadas, isso tirou aquela imagem ruim que estávamos rotulados, acredito que o turismo irá melhorar, teremos centros de treinamentos que antes não tínhamos.

9-Por que seu apelido é Mônica Monstrinha?

Esse apelido ganhei quando praticava basquete, pois como não tinha time feminino eu jogava com os homens, e me apelidaram de monstrinha, pois muitos meninos ficavam na reseva, heheh.

10-E como é ser mãe e atleta sobre rodas?

Até minha filha completar uns 5 anos fui apenas mãe, depois disso comecei a procurar um esporte, acredito que eu esteja conseguindo conciliar o esporte e a família, pois todos me incentivam a continuar, sempre fazemos programas em família, como assistir filmes, passear. preparar as refeições juntos, pra mim é uma vida abençoada.

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11- Quais seus planos para o futuro?

Vou tentar chegar a Tokio em 2020, para a vida pessoal pretendo aproveitar as folgas com o marido e a família, fazer algum curso para no futuro poder dar algumas palestras, trabalho social em escolas, etc.

12- Que mensagem você deixa para os leitores do blog?  Procurem aproveitar a vida, de nada adianta ficar trancado dentro de casa, saia, faça passeios, vá a luta, pois nunca saberemos o que o futuro nos reserva, sonhe e acredite nos teus somhos. (Não há limites para a felicidade.)

Mônica,muito obrigada por compartilhar sua história e por nos alimentar com a sua mensagem. E se você gostou curta, compartilhe e nos acompanhe nas redes sociais Facebook// Instagram//Twitter

*Imagens do Google

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