Tabata mostrou sua rotina e os desafios da maternidade no SOS MãeDo R7
Há 16 anos, Tabata Contri sofreu um acidente de carro que mudou sua vida completamente: ela ficou paraplégica. Mas, a nova condição não a impediu de ter uma vida independente e realizar o maior sonho de sua vida que era ser mãe.
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Hoje, aos 36, ela lembra tudo que aconteceu no dia da tragédia que mudou sua vida.
Sofri um acidente de carro indo para o litoral norte, para Trindade, e o carro aquaplanou; pegamos uma bolsa d’água na pista, ele rodopiou, deslizou, caiu na ribanceira e capotou. Foi bem rapidinho. Eu estava no banco traseiro, sem cinto. Não tive nenhum arranhão, mas quebrei a coluna e, na hora, não senti a perna. Tive também uma lesão medular e fiquei quatro meses internada no interior de São Paulo, em Caçapava. Foi um ano em que eu fiz três cirurgias.
Para Tabata, a parte mais difícil depois do acidente foi não ter referências de pessoas na sua condição nas propagandas, televisão.
Imagina um adolescente, uma criança com deficiência não ver um brinquedo igual a ele, não ver um desenho igual a ele; então, a gente acha que é o último pobre coitado da face da terra. Quando você encontra pessoas que estão passando pela mesma coisa, você fala: “Não sou a única!”. Aí você vê gente superindependente, se trocando sozinho, botando tênis, saindo, maquiando e você fala: “Se ele consegue, se ela consegue, eu também posso”.
Ela lembra que a volta para casa também foi um período bastante difícil e de muita adaptação.
Não tem mais as pessoas que são iguais você por perto, aí você é única. As pessoas te olham de um jeito diferente do que olhavam antes. Essa é a parte mais difícil no começo.
Quando Francisco nasceu, anos depois do acidente, Tabata realizou o grande sonho de sua vida.
Ele foi muito esperado, foi planejado e é muito querido!
Apesar de ser mamãe de primeira viagem, ela já está craque nesta nova profissão e faz quase tudo com o pequeno sem a ajuda de ninguém! A parte mais complicada até agora são as poucas horas de sono.
A gente não dorme, a gente cochila. Ele mama, depois arrota, aí troca fralda; ele está dormindo, mas a gente está acordada. Acho que fico um pouco irritada porque estou com sono. É a parte mais complicadinha deste momento, mas eu sei que vai passar porque é muito amor.
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Por conta de sua condição física, os médicos aconselharam que ela fizesse uma cirurgia cesariana, por isso, Francisco nasceu com 38 semanas de gestação.
Foi programada para que a gente evitasse chegar em trabalho de parto porque a gente não sabia até onde ia a minha força para ajudar em um parto normal.
Depois que a anestesia pegou, ele nasceu em minutos. Aí meu marido pegou ele, tirou fotos, ficou superemocionado, mostrou para a galera do outro lado do vidro. Acordei umas horinhas depois e ele não estava lá comigo, estava na UTI neonatal, então, no meio da madrugada a gente foi para a UTI e eu fiquei indo de três em três horas para amamentar.
Não dá para explicar. Só quem vive. A vida da gente fica mais completa. A gente nem sabe que falta alguma coisa, só quando ele chega.
Fonte: entretenimento.r7.com