Sabemos que além dos preconceitos e críticas, mulheres cadeirantes acabam se estressando e jogando dinheiro no lixo no momento de comprar roupas. Poucas lojas possuem provadores acessíveis, alguns vendedores ainda não sabem muito bem como agirem e acabam nos tratando como doentes ou como uma cliente que não tem suas especificidades.

Que atire a primeira pedra a leitora cadeirante que nunca passou por esses perrengues todos e depois que chegou em casa deixou aquela roupa nova no armário, até com etiqueta. Ela ficou lá esquecida até que, um belo dia, a dona vai fazer aquela arrumação no armário e encontra aquele vestido, dizendo:“Parabéns, você é uma sem noção que compra por impulso e ainda atrasa a fatura do cartão!”

E foi pensando nisso tudo que decidi perguntar a elegante, simpática e descolada Heloísa Rocha @modaemrodas como ela faz pra se vestir bem, sem estresse e não se endividar. Curiosas, então vejam as respostas dela abaixo.

Como continuar linda na crise?

Moda Em Rodas: Acredito que criatividade é a palavra mais adequada para este período de recessão econômica, pois o setor de vestuário é um dos primeiros que a gente reduz (ou corta) do nosso orçamento. Assim, a minha sugestão é que as pessoas invistam em peças atemporais, como blazer, camisa de algodão, vestido preto, calça jeans, trench coat, cardigãs, etc. Tendo um armário com poucas peças, mas que permitam diferentes combinações é a melhor forma de estar linda gastando pouco ou nada. A regra também é válida sempre que você for comprar uma roupa ou um calçado, ou seja, antes de investir o seu dinheiro em uma “peça desejo” pense se a sua nova aquisição combina com as roupas que você já tem no armário.   

Sua relação com as liquidações?

Moda Em Rodas: Não sou uma pessoa muito ligada com as liquidações. Claro que todo mundo gosta de comprar algo por um preço bem mais baixo, mas sou muito mais investir em uma peça de boa qualidade – mesmo que eu pague um pouco a mais por ela – e que eu possa usá-la diversas vezes. Como diz o ditado, o barato sai caro e, às vezes, nos iludimos com uma super liquidação e adquirimos peças que estragam logo depois da primeira lavagem.

De quanto em quanto tempo você compra roupas?

Moda Em Rodas: Não tenho um período certo de fazer compras, mas também nunca me endividei por isso. Aliás, quase sempre compro tudo à vista! Na realidade, eu fico muito atenta às araras das lojas e nos sites das marcas que eu costumo comprar com mais frequência. Assim, se eu gosto de uma peça, eu vou até o local, experimento, penso se realmente vale a pena e compro. (risos) Como eu tenho muita dificuldade de comprar roupa por conta do meu biotipo não posso me dar ao luxo de comprar depois, pois o depois pode não existir.  

As lojas estão mais abertas para a diversidade?

Moda Em Rodas: Eu acredito que o tema moda inclusiva está começando a ser discutido somente agora, porém as lojas ainda insistem em trabalhar com padrões limitados, ou seja, moldes que não atendam todas (ou grande parte) diversidades. Além disso, muitas lojas não são acessíveis quando me refiro a questão de provador, rampa de acesso na entrada, dificuldade de locomoção porque ainda insistem em deixar o produto exposto no chão e, principalmente, da falta de treinamento do atendente ao receber um cliente com deficiência. Em suma, as lojas precisam se adequar desde na questão arquitetônica quanto nos produtos que comercializa.

Heloísa,muito obrigada por contar esses segredos. Quer saber mais sobre a Heloísa clique no link http://www.depapocomclaudinha.com.br/2015/12/o-que-precisamos-para-nos-sentirmos.html 

Agora comente aí você usaria novamente um vestido que já foi postado no Instagram?

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