#PraTodosVerem: Na imagem está a representação de inúmeras pessoas de diferentes etnias, cores, raças, orientações sexuais e deficiências. A imagem representa diversidade. Foto: Internet/Divulgação

 

É comum você ver pessoas com e sem deficiência, blogueiros, influencers, autoridades de todas as esferas alegarem “precisamos lutar pela igualdade”. Parece uma luta simples, mas ao mesmo tempo muito genérica, afinal somos iguais?

Talvez a igualdade nascera de um sonho, de uma sociedade melhor, mais justa e onde todos seriam livres para ser quem são. Mas, o que ela não considerou foi a ideia de pluralidade seja de corpos, pensamentos e ações.

Apesar de muito usada, a palavra igualdade não passa de utopia, pelo simples fato de que todos os dias estamos mudando, se transformando, renascendo. Mesmo que a gente não perceba, todos os dias milhares de processos celulares transformam nosso corpo, informações novas transformam nossa forma de ver as coisas, situações novas transformam nossas experiências anteriores, por isso, sonhar com uma sociedade igual não só é impossível, como soa até um pouco preguiçoso.

Digo preguiçoso pelo fato de que é preciso refletir sobre termos e formas com a qual buscamos nossos objetivos, talvez lá no começo, em um mundo cercado de desigualdades, buscar a igualdade era um ato de humanidade, mas esse exercício não pode valer para sempre.

A sociedade mudou. Tornou-se mais complexa, exigente e no auge tecnológico busca raízes cada vez mais humanas. Com isso, a necessidade de rever, atualizar e reconstruir conceitos é fundamental diante da sociedade plural que está diante de nós.

A partir disso, pensar e alimentar o conceito de igualdade, torna-se sim um exercício de preguiça, visto que cada dia somos mais diversos. E para explicar isso, eu sempre uso a parábola dos irmãos gêmeos, pois são idênticos na aparência, mas totalmente diversos nos pensamentos e ações. Assim pensar em igualdade é aceitar que nos coloquem em uma massa homogênea, na qual todos temos as mesmas necessidades e anseios. E isso além de errado, é excludente, ou seja, desigual.

Mas como vencer a desigualdade sem promover a igualdade? Apostando em justiça social e equidade. Conceitos que não nos nivelam, mas nos dão suporte conforme nossa necessidade, ou seja, avalia-se os casos e define-se a melhor estratégia para que cada ser em seu ambiente possa mudar sua condição.

Nesse mesmo cenário entra o capacitismo, pois não vamos combate-lo com o discurso “somos iguais”, e sim, com o discurso “somos diversos”. Assim quebramos o paradigma que nos acorrenta a diversos conceitos de incapacidade, preconceitos e estigmas sociais que essa massa homogênea carrega e não sabe como lidar.

Um dos primeiros passos para vencer o capacitismo é entender, aceitar e apoiar a diversidade de corpos, pensamentos e possibilidades que uma pessoa com deficiência pode apresentar.

Mas, se continuarmos a simplesmente gritar “somos todos iguais”, e manter essa inércia intelectual ou preguiça de entender a diversidade, continuaremos sendo capacitistas, e no máximo integrando quando deveríamos estar incluindo.

A luta contra o capacitismo é longa, e precisamos ir aos poucos, nosso principal desafio é identificar as ações capacitistas. Existe um pensamento que diz mais ou menos o seguinte “só vamos vencer o racismo se identificarmos os racistas”, e vale o mesmo para o capacitismo, pois como vencer um inimigo invisível e onipresente? Identificando-o, mapeando-o e educando para que essas práticas sejam eliminadas da sociedade.

E o primeiro passo é entender que não somos iguais, somos plurais.

 

 

 

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#CapacitismoEmFoco #Capacitismo é a forma de discriminação da #pessoacomdeficiência, no entanto, esse conceito não é claro para muitos de nós. Por conta disso, muitas vezes passamos e até provocamos situações capacitistas sem saber. #DescriçãoDaImagem Quadro verde escuro no topo, centralizado, está escrito Deficiência em Foco e no lado direito está um retângulo verde com o desenho de um sol representando “cotidiano” simbolizando a editoria. Dentro está o título em caixa alta: ‘Entenda o capacitismo”. E logo abaixo estão quatro retângulos alinhados lado a lado. E dentro as seguintes informações: No primeiro está o desenho de uma mulher negra e abaixo o seguinte texto: RACISMO: É o preconceito em relação a raça; No seguinte está o desenho de uma pessoa, representando, um estrangeiro e seguinte texto: XENOFOBIA: É o preconceito em relação a pessoas de outras nacionalidades; No seguinte tem o desenho de um homem e de uma mulher, o homem está maior e o seguinte texto: MACHISMO: É o preconceito em relação a mulher; No último está um desenho com várias pessoas com deficiência e o texto: CAPACITISMO: É o preconceito em relação a pessoa com deficiência. E abaixo a seguinte frase: “O capacitismo está para as pessoas com deficiência, como o racismo está para as pessoas negras, o machismo está para mulheres e a xenofobia para estrangeiros.’’ Na parte inferior da imagem estão as redes sociais da página deficiência em foco (goo.gl/z8VmvS) Instagram (goo.gl/TzX9fK) Twitter (goo.gl/YmrFpk) fim da descrição. #deficienciaemfoco #deficiente #deficiencia #pcd #pcdrs #pcdbrasil #pcdonline #pcdnamidia #pessoascomdeficiência #acessibilidade #inclusão #direito #direitopcd #direitodaspessoascomdeficiencia #direitoshumanos #Representatividade #lei #leibrasileiradeinclusão #lbi #capacitismo #CapacitismoEmFoco #preconceito #discriminação #dado #instapcd #DescriçãoDaImgem

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