Tenho pensado sobre muitas coisas. Principalmente na forma de que essas coisas me afetam e afetam aqueles que estão comigo nesta caminhada em busca, não da batida perfeita, mas de uma batida mais inclusiva, humana e respeitosa.

E isso me faz pensar em grandes nomes como Edgar Morin, filósofo, sociólogo e antropólogo francês. Que defendia, no âmbito educacional, uma espécie de fusão, ou seja, aprender juntos, afinal todos temos algo para aprender tanto quanto para ensinar.

Também lembrei de Michel Maffesoli, outro filósofo francês que defendia, entre tantas outras coisas, um processo educacional em um formato de iniciação, ou seja, mudança, abertura para o novo. Formatado em conteúdo, resiliência e criatividade.

Mesmo que distantes, esses conceitos  fazem total sentido se o assunto for educação inclusiva, pois é na “fusão” entre alunos com e sem deficiência que a iniciação acontece, que ambos aprendem e ensinam juntos.

É nesta iniciação que ocorrem as mudanças, a abertura para o novo. Claro que haverá dificuldades, mas aí entram a resiliência e a criatividade.

 

Ainda pensando nisso, lembrei de uma parábola da âncora e da raiz, que não lembro do autor, mas que dizia mais ou menos assim: Na vida temos essas duas possibilidades, ser âncora ou ser raiz. Ser âncora significa fixar-se em um lugar, se garantir, para ali por segurança.

Já ser raiz é entender que estamos sempre em crescimento e fortalecimento. Enquanto nossas raízes forem regadas, estaremos fortes e vivos. Já a âncora além de só ficar parada, às vezes, só afunda.

E na fila da inclusão, você é âncora ou raiz?

 

E para fechar, quero falar um pouquinho de conformismo, e sabe por que? Porque ele é um dos piores, se não o pior estágio da inclusão, pois quando estamos no estágio do conformismo é como se fossemos a própria âncora.

O conformismo nos impede de agir, mas sobretudo, ele ataca nossa fé nos processos. O conformismo age na descrença, na paralisação, na ausência de esperança de que podemos sim incluir, principalmente, com a participação ativa das pessoas.

O conformismo é muito parecido com o capacitismo. Parece que não existe, mas está aí nos batendo todos os dias.

 

 

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