#PraTodosVerem: Retângulo em tons de amarelo sob ele está a representação de um homem branco, de cabelos curtos penteados para trás e óculos. Ele veste um terno azul com uma camisa branca. E está com a mão direita sob a boca simbolizando o pensamento e a busca de repostas. Fim da descrição. Foto: Studiostoks/Divulgação.

Uma das perguntas que mais recebo é “O que é incluir?”, e a resposta não está na formalidade de um escrito legislativo ou mesmo aquele copia e cola de um texto bonito na internet.

Incluir é, um dos desafios do século 21, um desafio social, profissional, gerencial, ou seja, a organização precisa estar voltada para os processos inclusivos e adaptativos das pessoas com e sem deficiência.

Incluir é, andar lado a lado, ou seja, ninguém está acima ou abaixo. Estamos andando juntos no mesmo caminho, conhecendo as diferenças e semelhanças de cada um.

Incluir é, evitar culpar ou responsabilizar alguém pelos resultados. A construção é continua e permanente, com isso, falhas acontecerão a todo momento, não existe receita ou fórmula mágica. A única opção é construir e aprender com os erros.

Incluir é, ter empatia, mas empatia no sentido real, pois empatia não é se colocar no lugar do outro (pois, isso é impossível), mas ter empatia é entender o lugar do outro e saber que a sua realidade é diferente, e nem por isso, menos rica e importante que a do outro.

Incluir é, também combater discursos obsoletos como superação, heroísmo e especial, pois estamos em um momento de evolução de conceitos sociais e com isso eliminando essas barreiras ideológicas que criaram ao longo do tempo uma falsa ideia de inclusão.

Incluir é, identificar e combater os diferentes tipos de capacitismos, e por mais que isso possa doer, é fundamental romper com discursos e práticas discriminatórias, mas socialmente aceitas.

Incluir é, não criar raízes, ou seja, aprender e mudar sempre. E também promover profissionais com deficiência para que seja possível conhecer seus potenciais.

Incluir é, não vender resultados mágicos, imediatismos, e sim, plantar pequenas sementes diárias e assim criar uma floresta de emoções, sensações e aprendizados.

Incluir é, ouvir as pessoas com deficiência, afinal são elas que conhecem seus pontos fortes, fracos, e principalmente, suas potencialidades.

Incluir é, também olhar para os aspectos arquitetônicos, ou seja, investir em rampa, Braille em escadas, mapas e pisos táteis, Libras, corrimãos. Ao fazer isso você está dizendo a pessoa com deficiência que ela é livre para transitar nos ambientes da empresa e exercer sua autonomia.

Como você percebeu “Incluir é” engloba inúmeros pontos, e poderíamos ficar aqui, enchendo páginas e páginas, mas o objetivo é fazer com que você receba essas informações, projete na sua realidade e pense “o que é incluir na minha realidade?”, e a partir disso, passe a incluir de fato. E se tiver dúvidas, estamos aqui para te ajudar.

Afinal, incluir é… Pensar em uma sociedade para todos e todas.